Maria Manuel Leitão Marques falava aos jornalistas junto à entrada do Mosteiros dos Jerónimos, antes da chegada do cortejo fúnebre de Mário Soares, que morreu no sábado, aos 92 anos.
Segundo a ministra da Presidência, entre as presenças já confirmadas está o Presidente da República da Guiné-Bissau, o vice-ministro das Relações Exteriores de Cuba e representantes de vários partidos europeus.
Além destas personalidades, e ressalvando que estava a "citar de memória" e podia estar a 'falhar' alguns nomes, a ministra da Presidência falou ainda de nomes cuja presença já tinha sido anunciada, como do ministro das Relações Externas (Negócios Estrangeiros) e da Cooperação de Espanha, Alfonso Dastis, e do presidente do Parlamento Europeu, Martin Schulz.
O ex-presidente do Governo espanhol e ex-líder do PSOE, Felipe Gonzalez, liderará a delegação dos socialistas espanhóis, enquanto o presidente da Assembleia Nacional angolana, Fernando da Piedade Dias dos Santos, irá representar Angola nas cerimónias fúnebres.
O Presidente de Cabo Verde vai também participar nas cerimónias fúnebres em honra do antigo chefe de Estado português Mário Soares, bem como o Presidente do Brasil, Michel Temer.
Hoje participará ainda nas cerimónias fúnebres Artur Más, ex-presidente da Generalitat (governo autónomo catalão).
Mário Soares morreu no sábado, em Lisboa, e o Governo decretou três dias de luto nacional, entre hoje e quarta-feira.
O corpo do antigo Presidente da República vai estar em câmara ardente no Mosteiro dos Jerónimos a partir das 13:00 de hoje.
O funeral de Estado, o primeiro desde o 25 de Abril, realiza-se a partir das 15:30 de terça-feira, no Cemitério dos Prazeres, em Lisboa, e contará com as presenças dos Presidentes do Brasil e de Cabo Verde, além de outras personalidades internacionais, como o presidente do Parlamento Europeu.
Nascido a 7 de dezembro de 1924, em Lisboa, Mário Alberto Nobre Lopes Soares, advogado, combateu a ditadura do Estado Novo e foi fundador e primeiro líder do PS.
Após a revolução do 25 de Abril de 1974, regressou do exílio em França e foi ministro dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro entre 1976 e 1978 e entre 1983 e 1985, tendo pedido a adesão de Portugal à então Comunidade Económica Europeia (CEE), em 1977, e assinado o respetivo tratado, em 1985.
Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e foi Presidente da República durante dois mandatos, até 1996.
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