“No período pandémico da crise covid e do esforço que precisamos todos de fazer de forma coletiva de melhoria do rendimento dos trabalhadores e dos profissionais nas IPSS, estamos disponíveis para apoiar a rede de IPSS nos Açores de forma excecional, para, no âmbito covid-19, acertarmos melhor remuneração face ao aumento do que foi a solução nacional do aumento do salário mínimo nacional”, afirmou.
José Manuel Bolieiro falava em Ponta Delgada, na sessão de encerramento da 14.ª Festa da Solidariedade, organizada pela Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), com o apoio da União Regional das Instituições Particulares de Solidariedade Social dos Açores (URIPSSA).
O vice-presidente do Governo Regional, Artur Lima, que tutela a Solidariedade Social, já tinha dito noutra conferência do mesmo encontro que, “muito em breve”, o processo negocial com Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS) e Misericórdias estaria concluído e que o acordo-base para o biénio 2021-2022 faria “uma atualização responsável dos valores-padrão das respostas sociais, designadamente para as estruturas residenciais para idosos”.
José Manuel Bolieiro reiterou hoje que o executivo açoriano é “muito sensível à lógica contratualista de responsabilidade e partilha” entre Governo Regional e instituições de solidariedade social.
“O nosso modelo de contratualização será feito de forma transparente, equitativa e criteriosa. Por isso importa definir um valor-padrão que ajude a objetivar na medida do possível esta relação solidária financeira com as IPSS”, salientou.
O presidente do Governo Regional defendeu que o Estado não pode “em circunstância alguma” ser “indiferente” ao papel e à intervenção das IPSS, que “substituem a responsabilidade social do Estado como verdadeiros parceiros” e “dão de si sem pensar em si, em benefício da comunidade e complementando o papel do Estado”.
“É nosso entendimento de que sóis parceiros. Parceiros que dão corpo tantas vezes a pensar mais nos outros do que em si próprios, quer na dedicação generosa voluntariosa do dirigismo, quer naqueles que são profissionais, tantas vezes mal remunerados e apesar disso muito voluntariosos no brio e na dedicação profissional para servir bem o bem fazer aos outros”, apontou.
José Manuel Bolieiro destacou, por outro lado, que a agenda 20230 da Organização das Nações Unidas tenha como primeiro objetivo a “erradicação da pobreza”.
“Estando nós na década de 20 neste século XXI, num novo milénio, estaremos satisfeitos com o alcançado? E com esta diferença angustiante do ponto de vista humano entre o hemisfério norte e o hemisfério sul das populações com acesso aos mínimos da dignidade da vivência humana e de rendimento ao seu dispor? Não podemos estar”, salientou.
“Temos de dar contributos, começando pela nossa própria comunidade, mas projetando esta ação para uma sensibilidade mundial de erradicação da pobreza”, acrescentou.
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