"O ministério dos Assuntos Presidenciais apresenta as suas condolências ao povo dos Emirados Árabes Unidos e das nações árabes muçulmanas pela morte do chefe de Estado, que faleceu na sexta-feira, 13 de maio", afirma um comunicado divulgado pela agência estatal WAM.
O governo decretou "luto oficial e as bandeiras a meia-haste" por um período de 40 dias, com trabalhos suspensos nos setores público e privado nos três primeiros dias", acrescentou a agência.
O chefe de Estado, nascido em 1948, raramente aparecia em público desde de que sofreu um derrame cerebral em janeiro de 2014.
O xeque Khalifa bin Zayed Al Nahayan sucedeu a novembro de 2004 ao seu pai, o xeque Zayed bin Sultan Al Nahayan, presidente e pai fundador dos Emirados Árabes Unidos, Estado do Golfo que reúne sete emirados, incluindo o Dubai e a capital Abu Dhabi.
Desde o derrame cerebral de 2014, o seu meio-irmão Mohamed Bin Zayed, príncipe herdeiro de Abu Dhabi, conhecido como "MBZ", tem administrado as questões do país e é considerado o governante de facto da monarquia petroleira, com uma influência crescente nos palcos mundiais.
"As suas posições, os seus êxitos, a sua sabedoria, a sua generosidade e as suas iniciativas estão em todos os cantos do país", declarou Mohammed bin Zayed no Twitter. "Khalifa bin Zayed, o meu irmão, o meu mentor e o meu professor, que Deus conceda a sua misericórdia", acrescentou.
Após o estabelecimento em 1971 da federação, o xeque Khalifa foi nomeado vice-primeiro-ministro do novo Estado, presidindo o Conselho Superior do Petróleo, órgão com amplos poderes no setor da energia.
Sob o mandato do xeque Khalifa, os Emirados registaram um rápido desenvolvimento económico, impulsionado pela riqueza petrolífera de Abu Dhabi, que concentra 90% das reservas da federação. Dubai tornou-se um centro financeiro, um destino turístico de luxo e um importante ponto de transporte aéreo.
Mas, assim como o seu presidente, os Emirados permaneceram relativamente discretos no cenário internacional, geralmente atrás da sua grande aliada, a Arábia Saudita, gigante do Golfo e do mundo árabe.
De acordo os com analistas, sob o comando do príncipe "MBZ" o país começou a sair progressivamente da sua discrição habitual, em particular a partir dos anos 2010, com uma influência cada vez maior no Médio Oriente e em África.
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