A presidente eslovaca, Zuzana Caputova, deverá nomear o novo governo na quarta-feira, informou hoje o seu gabinete.
Caputova, uma liberal, disse na semana passada que Rudolf Huliak, que foi nomeado pelo ultranacionalista e pró-russo Partido Nacional Eslovaco, não poderia garantir o bom funcionamento do ministro do Ambiente designado, porque se opõe às políticas ambientais de longo prazo do governo e às obrigações internacionais da Eslováquia.
Em resposta, o Partido Nacional Eslovaco anunciou hoje a nomeação de Tomas Tabara, que, no entanto, também é conhecida por declarações polémicas sobre o ambiente.
Huliak foi o mais controverso do elenco do executivo apresentado à presidente da República pelo ex-primeiro-ministro populista Robert Fico, cujo partido esquerdista Smer (Direção-Democracia Social), conquistou o maior número de assentos nas eleições parlamentares de 30 de setembro.
O partido de Fico conquistou 42 cadeiras no parlamento de 150 lugares depois de fazer campanha numa plataforma pró-Rússia e antiamericana e prometeu retirar o apoio militar da Eslováquia à Ucrânia, no quadro da invasão russa iniciada em fevereiro do ano passado.
Fico precisava de parceiros de coligação para formar uma maioria parlamentar e assinou um acordo com o partido esquerdista Hlas, ou Voz, e o Partido Nacional Eslovaco para governarem juntos.
O acordo dá a Smer o cargo de primeiro-ministro e seis outros ministros, abrindo caminho para Fico ser chefe de governo da Eslováquia pela quarta vez.
O Hlas terá sete ministros, enquanto o Partido Nacional Eslovaco terá três.
Caputova é presidente da República desde que venceu as eleições em 2019 e não concorrerá ao segundo mandato no próximo ano.
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