Morawiecki terá poucas probabilidades de sucesso porque o partido ultraconservador Lei e Justiça, a que pertence, conseguiu o maior número de deputados nas eleições de 15 de outubro, mas sem maioria.
Donald Tusk, antigo presidente do Conselho Europeu e líder da aliança da oposição de centro-direita, é apontado como o mais provável próximo primeiro-ministro por conseguir reunir uma maioria absoluta nas duas câmaras.
Duda afirmou que nas conversações separadas que manteve com todas as forças políticas após as eleições, “cada representante da oposição disse algo diferente”.
A falta de coesão da proposta apresentada pela coligação da oposição foi mais evidente “numa das questões mais importantes, a da salvaguarda da soberania da Polónia”, referiu, citado pela agência espanhola EFE.
Duda disse que a oposição não o convenceu de que “valia a pena abandonar a boa tradição parlamentar de atribuir a tarefa de formar um governo à força parlamentar com mais votos”.
Na entrevista, Duda afirmou que Tusk “não é o candidato a primeiro-ministro” que teria desejado.
Avisou também que utilizará as prerrogativas permitidas pela Constituição no caso de “aqueles que estão no poder tentarem violar as normas constitucionais, contornar ou infringir a lei existente”.
Lamentou ainda que nenhum representante do Lei e Justiça tenha sido eleito para presidir ao Parlamento ou ao Senado.
Duda advertiu contra a possibilidade de “poupar dinheiro cancelando os contratos existentes para a compra de armamento para modernizar o exército polaco”, assinados pelo governo cessante, e avisou que isso “pode custar caro à Polónia”.
O jornal polaco Rzeczpospolita, num artigo divulgado hoje na sua página na Internet, considerou que Duda optou por “defender as ilusões perdidas” do Lei e Justiça e abriu uma guerra com o futuro governo de Tusk.
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