Entre as mensagens nas redes sociais para a primeira-ministra italiana encontra-se uma de uma mulher em Nápoles que aconselhava Meloni a ficar em casa, criticando-a pela eliminação progressiva dos rendimentos mínimos de sobrevivência — uma das causas para as ameaças.
Uma outra mensagem diz que os moradores locais deveriam “cumprimentar a pescadora Meloni com tomates podres por ter retirado o rendimento de sobrevivência do grupo de pessoas que vive precariamente nessas áreas”.
Uma outra mensagem diz que esperava que Meloni saísse da sua visita com marcas físicas no corpo, “para entender os problemas que causou”.
Na quinta-feira, Meloni deverá visitar Caivano, uma cidade conhecida pelos seus elevados índices de criminalidade e tráfico de droga, onde no passado mês duas primas de 12 anos foram violadas por seis jovens.
Após o anúncio da visita, as redes sociais revelaram várias mensagens intimidatórias contra Meloni, a pretexto do corte de apoios públicos a setores da população que recebem rendimentos mínimos de sobrevivência.
Estas mensagens de ameaças já provocaram reações de solidariedade de vários quadrantes políticos, desde a direita à esquerda.
Elly Schlein, líder da oposição em Itália pelo Partido Democrático (centro-esquerda), disse que essas ameaças são intoleráveis.
“Mensagens de intimidação, incitação ao ódio e à violência não devem ter lugar numa democracia e encontrarão sempre a mais forte condenação de todo o Partido Democrata”, disse Schlein, juntando a sua voz à de outras reações de condenação às ameaças à chefe de Governo italiano.
Meloni já agradeceu a todos aqueles que têm manifestado a sua solidariedade perante as ameaças.
“Agradeço a todos os que manifestaram a sua solidariedade face às ameaças recebidas perante a minha visita a Caivano. (…) A intimidação não impedirá a nossa presença ao lado dos muitos cidadãos que exigem segurança e um futuro melhor para os seus filhos”, disse Meloni, numa mensagem nas redes sociais.
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