“Sempre me considerei um soldado e os soldados não hesitam em colocar-se na linha da frente quando necessário”, disse a primeira-ministra durante o seu discurso na conferência dos Irmãos de Itália, partido de extrema-direita que lidera, em Pescara, Itália.
“Queremos que a Itália seja central para mudar o que não funciona na Europa. Porque sim, a Itália hoje está a mudar, embora muitos tenham dito que não era possível”, acrescentou Giorgia Meloni, que promete levar o seu discurso conservador a Bruxelas.
A primeira-ministra italiana e agora candidata às eleições europeias recusou ainda “ceder aos delírios do politicamente correto tão em voga em alguns salões chiques”, rejeitando também “tolerar o assalto a praças e monumentos em nome de uma cultura cancelada que assim quis”.
“Não podemos permanecer calados diante daqueles que, nas nossas escolas e universidades, ensinam o ódio à nossa história e à nossa civilização. Não podemos aceitar lições daqueles que querem uma Europa secular, mas querem que as escolas fechem durante o Ramadão e, ao mesmo tempo, pedem com a mesma coerência que o crucifixo seja retirado das salas de aula”, acrescentou.
Nas últimas eleições europeias, os Irmãos de Itália conquistaram seis lugares no Parlamento Europeu, mas uma sondagem recente da Ipsos para a Euronews, aponta que o partido poderá obter até 24 assentos nas próximas eleições em junho, com 27% dos votos.
A sondagem foi referida por Meloni no seu discurso, em que disse que o crescimento nas intenções de voto não é visto como “um exercício retórico de auto-satisfação e auto-celebração”, mas antes para lembrar que “o que ganhamos não é algo que adquirimos para sempre, devemos continuar a merecê-lo”.
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