“Não o devia ter feito. Foi um erro. Lamento profundamente”, afirmou Justin Trudeau, em declarações à imprensa pouco depois de a fotografia ter sido publicada, descartando, contudo, a demissão, numa altura em que é candidato a um segundo mandato.
Trudeau reconheceu que ter escurecido o tom de pele do rosto e das mãos constitui “uma prática racista”, mas salientou não estar ciente disso na época.
“Estou vestido com um fato de Aladino e maquilhado. Não devia ter feito isso (…) É algo que não considerei racista na altura, mas reconheço hoje que era. E lamento imenso por isso”, sublinhou.
Na foto, um jovem Justin Trudeau, de 29 anos, sorridente e na companhia de quatro mulheres, aparece com um turbante e o tom de pele do rosto e das mãos escurecido.
Esta prática, designada em inglês como “blackface” ou “brownface”, tem sido criticada na atualidade por alguns setores da sociedade por ser considerada racista.
A foto pertence a um álbum de final de ano numa escola privada de Vancouver onde Trudeau ensinava, e foi tirada durante uma festa com o tema das Mil e uma noites.
A campanha para as eleições legislativas no Canadá, previstas no próximo mês, arranca no sábado.
O liberal Justin Trudeau, eleito em 2015, o conservador Andrew Scheer, o social-democrata Jagmeet Singh e a ecologista Elizabeth May são os quatro principais candidatos ao cargo de primeiro-ministro do Canadá.
Líder do Partido Liberal do Canadá desde 2013, Trudeau tem desenvolvido políticas de proteção ambiental e de luta contra o aquecimento global, como um imposto nacional sobre o carbono e a nacionalização de um oleoduto.
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