"Recentemente, tomámos medidas legais para eliminar os traidores que tentavam derrubar o Governo e mergulhar de novo o país na guerra", declarou Hun Sen, no poder há 33 anos, perante dezenas de milhares de apoiantes concentrados em Phnom Penh, esta manhã.
No final do ano passado, as autoridades dissolveram o Partido de Salvamento Nacional do Camboja (CNRP). O líder Kem Sokha está detido desde setembro.
Os defensores dos direitos humanos acusaram Hun Sen de querer ficar no poder a qualquer preço, enquanto Washington e Bruxelas retiraram a ajuda à organização deste escrutínio muito controverso, boicotado pela oposição no exílio.
A maior parte dos opositores encontram-se no estrangeiro para fugir a processos judiciais que consideram ser políticos.
"Aqueles que são contra as eleições são aqueles que destroem a nação e a democracia e não devem ser perdoados", insistiu Hun Sen.
O primeiro-ministro cambojano advertiu que "quem não quer votar destrói a democracia, com o apoio de um grupo fora da lei que atua a partir do estrangeiro", quando estão em marcha ações legais contra promotores no país do boicote eleitoral.
Hun Sen comparou o Camboja ao Paquistão, onde as eleições gerais se realizaram esta semana.
"A diferença é que aqui não temos violência ou atentados", acrescentou. O Partido do Povo Cambojano (PPC) "vai continuar vitorioso" no domingo, declarou o primeiro-ministro.
No passado, Hun Sen prometeu "o inferno" para os opositores, que aconselhou a "preparar os seus caixões", em caso de contestação, ao mesmo tempo que vai continuar no poder "nos próximos dois mandatos".
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