“Senhor cardeal [secretário de Estado do Vaticano] queria-lhe assegurar da parte das autoridades portuguesas, permita também testemunhar tudo o que a igreja tem feito, para que esta JMJ seja um grande sucesso”, disse António Costa durante uma visita à sede da Fundação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), em Lisboa, em que também esteve presente o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin.

O primeiro-ministro considerou que a jornada, que se realiza de 01 a 06 de agosto em Lisboa, representa “uma extraordinária oportunidade” para os concelhos de Loures e Lisboa, uma vez que, “25 anos após de se ter realizado a Expo 98, finalmente a frente ribeirinha do Tejo e do Trancão vai ficar concluída graças às intervenções que estão a ser feitas nesta frente de rio e a sua extensão até à plataforma ribeirinha da Bobodela”.

António Costa disse também que o Estado português “desde a primeira hora entendeu que devia responder presente ao convite que foi feito para apoiar a organização da JMJ”, tendo em conta a “relação secular” do país com a Santa Sé” e “o respeito” para com os “muitos portugueses que são crentes”.

O primeiro-ministro frisou que a JMJ “é uma mensagem que o Papa Francisco quer dirigir ao conjunto da humanidade, a partir dos jovens, crentes e não-crentes”, colocando as novas gerações no centro do “desenvolvimento coletivo”.

“Num mundo onde somos marcados pela guerra, pelos conflitos, as divisões e separações, a melhor forma de responder é fazer o contrário: juntar, quando se quer separar; falar de paz, quando há uma guerra; e é, sobretudo, aprendermos todos que partilhar este mundo é aprender a conhecer-se melhor, a diferença de cada um”, precisou.

António Costa disse ainda que vai ser a segunda vez que o Papa Francisco vem a Portugal, sendo este “seguramente um excelente motivo” para celebrar com a juventude “do mundo aquilo que é a ambição de um futuro de prosperidade e de paz para toda a humanidade”.

O secretário de Estado do Vaticano deu conta da importância da JMJ para a promoção de “uma cultura de paz e convivência pacífica”, que deveria caracterizar o mundo, desejando que os jovens sejam os protagonistas da mudança.

Pietro Parolin, que presidiu às celebrações do 13 de maio em Fátima, destacou a colaboração entre a Igreja e as entidades públicas portuguesas na preparação do encontro.

“O sucesso da JMJ começa aqui. Cada JMJ correu bem na medida em que é bem preparada. Essa preparação torna-se importante nos aspetos organizativos e logístico”, disse, destacando os mais de um milhão de peregrinos de todo o mundo que são esperados em Lisboa na primeira semana de agosto.

O primeiro-ministro fez-se acompanhar na sua primeira visita à sede da Fundação JMJ pela ministra Adjunta e dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, e pelos ministros da Administração Interna, José Luís Carneiro, e da saúde, Manuel Pizarro.

O secretário de Estado do Vaticano visitou também hoje as obras de preparação do Parque Tejo para a Jornada Mundial da Juventude, que vai contar com a presença do papa Francisco.