“As garantias não são ainda suficientes e, portanto, a Espanha mantém o seu voto negativo ao acordo do Brexit”, declarou o dirigente socialista numa conferência de imprensa em Havana.
“E se não houver acordo [sobre Gibraltar], é claro que o que vai acontecer é que o Conselho Europeu muito provavelmente não se realizará”, acrescentou Sánchez.
Já hoje, a porta-voz do Governo espanhol, Isabel Celáa, tinha dito, numa conferência de imprensa em Madrid, que Espanha manterá o seu voto contra o acordo de saída do Reino Unido da União Europeia enquanto o texto não for alterado.
“Não há outra alternativa, não há outra alternativa para o Governo de Espanha”, afirmou a porta-voz depois do Conselho de Ministros, sem querer “especular” sobre as soluções que podem ser encontradas até domingo.
Isabel Celáa insistiu que Madrid exige uma “garantia absoluta” de que em todas as matérias relacionadas com Gibraltar no futuro compromisso sobre o 'Brexit' é "necessário o acordo prévio de Espanha”.
O primeiro-ministro espanhol já tinha indicado na quinta-feira à noite que Espanha e Reino Unido “continuam distantes” no que toca a Gibraltar, no âmbito das conversações do Brexit.
Para Madrid, é fundamental que qualquer assunto sobre Gibraltar seja sempre negociado entre Espanha e o Reino Unido, e qualquer acordo sobre esta questão deve ter o visto prévio espanhol.
Esta referência, insiste o Governo espanhol, deve ficar explicitada “com total clareza”, sobretudo tratando-se de um acordo que irá reger no futuro as relações entre britânicos e europeus.
O pequeno enclave de sete quilómetros quadrados, com 32.000 habitantes e fronteira no sul de Espanha, é território britânico, mas é reivindicado pelas autoridades espanholas.
Os chefes de Estado e de Governo dos 27 países que permanecerão na União Europeia após o ‘Brexit’ têm agendado para o próximo domingo um Conselho Europeu extraordinário em que deverão aprovar o acordo preliminar alcançado entre Londres e Bruxelas.
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