Numa entrevista publicada hoje no “Jornal de Domingo”, Bernard Cazeneuve disse ainda que fazer controlos sistemáticos “paralisaria a Europa”.
O chefe do Governo francês frisou ainda que o restabelecimento dos controles nas fronteiras, que França decidiu depois dos atentados jihadistas de 13 de novembro de 2015, em Paris, “nunca foi o encerramento das fronteiras”.
Além disso, ressalvou que “controlar cada pessoa que passa é completamente impossível”.
“É uma verdade que tem de se dizer” porque se se for supervisionar cada veículo “isso paralisará a Europa, as suas infraestruturas de transporte, as suas atividades económicas”, afirmou.
O primeiro-ministro francês não quis entrar naquilo que classificou de “polémicas estéreis” sobre o percurso de Anis Amri por vários países europeus — incluindo França — desde que cometeu o atentado com um camião num mercado de Natal em Berlim, a 19 de dezembro, até que foi abatido pela polícia italiana em Milão, argumentando que não se sabe em detalhe os meios de utilizou.
O governante avisou que a “questão do terrorismo vai permanecer durante muitos anos”.
“Se cada vez que há um atentado houver um enfraquecimento político, vai acabar-se por fazer crer aos franceses que o Estado não está plenamente mobilizado para lutar contra a barbárie”, disse.
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