Em comunicado, o Ministério do Ambiente e da Ação Climática indica que os dados, ainda provisórios, apontam para um crescimento da procura – nos metropolitanos de Lisboa e do Porto e nas ligações fluviais da Transtejo e da Soflusa – , nos primeiros quatro meses do ano, superior em 2% ao verificado entre janeiro e abril de 2019, ano anterior à descida acentuada de passageiros que se verificou durante a pandemia de covid-19.
Segundo o executivo, aquelas empresas transportaram nos primeiros quatro meses do ano 84,2 milhões de passageiros, quando em igual período de 2019 tinham transportado 82,2 milhões.
No entanto, sublinha o gabinete do ministro Duarte Cordeiro, a procura no Metropolitano de Lisboa e na Transtejo/Soflusa “ainda está, respetivamente, 2% e 1% abaixo da verificada em 2019, mas, no caso da Metro do Porto, o número de passageiros verificado de janeiro a abril de 2023 superou em 15% a procura registada em 2019, sendo que nesta altura ainda não tinha sido implementado” o Programa de Apoio à Redução Tarifária dos Transportes Públicos (PART).
Segundo os dados disponibilizados pelo Governo, de janeiro a abril, o Metro do Porto registou 21,7 milhões de passageiros em 2019, 15,3 milhões em 2020, 8,9 milhões em 2021, 19 milhões em 2022 e 24,9 milhões em 2023.
No caso do Metropolitano de Lisboa, entre aqueles quatro meses foram registados 54,2 milhões de passageiros em 2019, 39,2 milhões em 2020, 17,1 milhões em 2021, 38,5 milhões em 2022 e 53,1 milhões este ano.
Nas ligações fluviais no Tejo, asseguradas pela Transtejo/Soflusa, foram transportados 6,2 milhões de passageiros nos primeiros quatro meses de 2019, 4,1 milhões em igual período de 2020, 2,4 milhões em 2021, 4,7 milhões em 2022 e 6,1 milhões em 2023.
No comunicado, o Ministério do Ambiente sublinha que no quadriénio 2019-2022, através do PART, do Programa de Apoio à Densificação e Reforço da Oferta de Transporte Público (PROTransP) e de dotações extra para manter a oferta durante o período de pandemia, foram mobilizados “mais de 905 milhões de euros para os transportes públicos”.
“Na Lei do Orçamento de Estado de 2023 ficaram inscritos 138,6 milhões de euros para o PART. A estas verbas acrescem mais 50 milhões de euros para assegurar a manutenção dos preços vigentes em 2022 dos passes de transportes públicos, e mais 60 milhões de euros, no caso de ser necessário assegurar os níveis de oferta nos sistemas de transportes públicos abrangidos pelo PART, ainda afetados pelos efeitos da perda de procura decorrente da pandemia. O PROTransP mantém a verba de 20 milhões de euros, reforçada em 2022”, lê-se na nota.
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