"Recebidas as propostas, haverá lugar a uma análise acerca da adequabilidade e de eventuais impactos, sendo o plano final aprovado pela Autoridade Marítima", segundo uma nota hoje emitida pelo capitão do porto da Horta, Rafael da Silva.
Do “Mestre Simão", embarcação da Atlânticoline que encalhou no primeiro sábado do ano no porto da Madalena do Pico, nos Açores, foi já retirado todo o combustível, óleo lubrificante e óleo hidráulico, e "nos próximos dois a três dias, irá proceder-se a uma verificação final, de segurança, de todos os tanques", prosseguindo também "a remoção de objetos sólidos que não se encontrem fixos ao navio".
Esta semana as seguradoras indicaram que não é viável recuperar o barco, tendo o Governo Regional, que fez o anúncio, indicado que será construída uma nova embarcação de características similares.
"Foi desenvolvida pelas seguradoras um trabalho de avaliação ao estado do navio e uma ponderação dos passos seguintes. E, nessa avaliação, as seguradoras concluíram que não é viável recuperar o ‘Mestre Simão’, tendo-o dado como perdido", afirmou esta semana a secretária regional dos Transportes e Obras Públicas, Ana Cunha, em conferência de imprensa conjunta com o presidente do conselho de administração da Atlânticoline, Carlos Faias.
Carlos Faias adiantou na ocasião que a seguradora dos danos próprios "comunicou na quarta-feira à Atlânticoline que o valor da indemnização a pagar ascende a cerca de 9,2 milhões de euros" e o navio estava segurado "em cerca de 9,35 milhões de euros".
As razões do encalhe ainda não foram apuradas, segundo o responsável, não sendo, no entanto, de rejeitar que possam ter ocorrido "condições de mar extraordinárias e imprevisíveis que colocaram o navio sem possibilidade de governo”.
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