Em declarações à agência Lusa, André Pestana, do S.TO.P explicou que este protesto fechou a Escola Básica Prof. Pedro D'Orey da Cunha, na Damaia, concelho da Amadora, não só por causa da presença de amianto, mas também pelos diversos casos de violência em contexto escolar e pela falta de funcionários.
“Esta escola fechou porque há uma greve nacional contra o amianto a decorrer. Mas fechou não só pela insegurança associada a estarem no local de trabalho pessoas a respirar substâncias comprovadamente cancerígenas (…), mas também devido às recentes notícias e a outro tipo e insegurança: há um certo sentimento de impunidade perante as várias agressões nas escolas”, afirmou.
André Pestana disse que o S.TO.P está solidário com todas as comunidades educativas, professores e funcionários agredidos e sublinha: “o Governo tem responsabilidade nesta manteria”.
“Quando há falta estrutural de funcionários isso permite que mesmo nos recreios – e temos vários relatos de alunos - é normal em algumas escolas haver agressões diárias”, afirmou.
Este protesto vai estender-se até final do mês e na próxima semana o S.TO.P já tem agendado outro protesto do género, que encerrará outro estabelecimento de ensino. Questionado pela Lusa, escusou-se dizer qual, remetendo para “mais em cima do acontecimento”.
Esta greve do amianto convocada pelo S.TO.P já encerrou até hoje oito escolas, mas o sindicato espera que, com o alargamento dos motivos dos protestos, cresça igualmente o número de escolas encerradas.
O S.TO.P apela ainda aos restantes sindicatos da educação para que se juntem a estes protestos.
O sindicato começou por entregar um pré-aviso de greve para 15 dias, período que terminava a meio deste mês, com uma renovação até 31 de outubro.
Esta foi a primeira greve realizada depois da revisão de estatutos do sindicato, que agora abrange “todos os profissionais de educação.
De acordo com o STOP, há cerca de 100 escolas onde o amianto continua a ser um problema para alunos, professores, funcionários e pessoas que vivem nas proximidades.
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