"O partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) promove ações provocatórias e de alteração à ordem pública. Hélder Silva, um dos três invasores da Praça de Toiros de Albufeira, foi candidato pelo PAN à Câmara Municipal da Moita nas autárquicas do ano passado", refere a PróToiro - Federação Portuguesa de Tauromaquia.
Em comunicado, esta entidade "reprova e considera inaceitável que um partido com assento parlamentar incentive ações provocatórias, com o objetivo de desencadear uma reação e apresentar-se como bastião da moral e dos bons costumes".
"O direito à manifestação não pode ser confundido com iniciativas orquestradas de ações criminosas de distúrbios públicos, que põem em causa a segurança e direitos dos cidadãos", acrescenta.
Repudiando e condenando "situações como as que se verificaram em Albufeira", que originaram violência entre aficionados da "festa brava" e ativistas pelos direitos dos animais, a PróToiro afirma a sua preocupação "com o aumento do número de ações de destabilização da ordem pública, levada a cabo por movimentos anti-taurinos e animalistas".
Por isso, a PróToiro "exige alterações à legislação que efetivamente desencorajem a estas ações", recordando que, "perante o histórico de distúrbios públicos provocados por estes movimentos nacionais e internacionais", vai pedir ao Ministério da Administração Interna uma reunião "de forma a alertar para estes problemas e salvaguardar a segurança pública e os direitos de todos os cidadãos, sejam eles pró ou anti taurinos".
"Nos últimos anos, são conhecidos os casos de vandalismo do património tauromáquico (praças e materiais publicitários), confrontos com aficionados (Viana do Castelo, 2012), confrontos entre manifestantes e PSP (Viana do Castelo, 2013) e Praia de Mira (2014), invasões de arenas no Campo Pequeno (2016 e 2017) e agora Albufeira, com as consequências lamentáveis que se conhecem", sublinha a federação.
Hoje, dirigentes do PAN questionaram o Ministério da Administração Interna sobre a eventual dualidade de critérios da GNR perante a violência entre aficionados da “festa brava” e ativistas pelos direitos dos animais, numa tourada, em Albufeira, na passada semana.
“Perante a violência extrema de alguns espetadores tauromáquicos a manifestantes já imobilizados pela GNR, as autoridades demonstraram sinais de passividade e dualidade de critérios não detendo no local estes agressores”, afirma Francisco Guerreiro, porta voz do PAN, em comunicado.
Segundo foi noticiado, três manifestantes anti-tourada invadiram a arena em protesto contra a realização do evento no dia 09 de agosto e foram detidos, sendo posteriormente agredidos por outras pessoas que assistiam ou participavam na tourada, prolongando-se os desacatos já no exterior do recinto.
Ainda segundo várias notícias, a GNR abriu “um processo de averiguações” e o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Faro estará também a investigar o sucedido.
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