"O Governo tem pouca vontade de criar um bom ambiente negocial para o Orçamento do Estado" afirmava Pedro Nuno Santos em declarações aos jornalistas.
Pedro Nuno Santos diz que o "primeiro-ministro não cria sentido de estado e bom ambiente" para negociar o OE e que o PS não é o principal interlocutor para um acordo.
Visita a áreas ardidas
Em visita aos territórios afetados pelos fogos da semana passada, na região de Viseu, o secretário-geral do PS acusou ainda o Governo de encarar o problema dos incêndios como um "problema de polícia" apenas, sem ter em conta a gestão florestal, alterações climáticas e a prevenção de incêndios.
"O tema dos incêndios é mais do que um problema de polícia" - reiterou.
"Importante mesmo é que o primeiro-ministro estivesse estes dias, a seguir a incêndios duríssimos que atingiram uma parte importante do nosso território estivesse no terreno a fazer aquilo que nós estamos a fazer", reagiu Pedro Nuno Santos.
O secretário-geral do PS falava aos jornalistas no final de uma reunião de cerca de duas horas, em Mangualde com sete autarcas socialistas do distrito de Viseu, afetados pelos incêndios. De fora ficaram Nelas e Castro Daire, eleitos pelo PSD.
"Ouvir a população, ouvir os autarcas e perceber que há um mundo para trabalhar para lá da mera perseguição ou punição de responsáveis, que devem ser perseguidos e punidos, obviamente, mas há todo um trabalho muito importante para fazer", defendeu.
E isso, salientou, "era muito importante, até para o desenvolvimento ou o desenho do Orçamento de Estado (OE) perceber, junto dos autarcas, das populações o que é que é preciso fazer".
"Esse é que era o trabalho verdadeiramente importante", sublinhou.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, inicia hoje à noite uma viagem a Nova Iorque, onde irá participar na Assembleia-geral das Nações Unidas, depois de ter encurtado de quatro para dois dias a duração dessa deslocação.
*Com Lusa.
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