Em requerimento entregue na Assembleia Legislativa dos Açores, os socialistas referem que, “até ao momento, o Governo Regional não divulgou qualquer informação adicional sobre os resultados das análises ou sobre a evolução do acompanhamento do caso”.
Em 14 de setembro, o Governo dos Açores (PSD/CDS-PP/PPM) revelou que nas ilhas das Flores e do Corvo vários peixes apareceram à "tona de água com comportamento invulgar", um "estranho fenómeno" que levou o executivo a recolher espécimes para análises.
Na altura, o Governo Regional prometeu “continuar a acompanhar a situação” e a “divulgar informação adicional sempre que necessário”, apelando à população para não consumir os peixes que apresentem o “comportamento invulgar”.
No requerimento agora apresentado, o deputado socialista Lubélio Mendonça refere que, desde então, “este fenómeno já foi registado também nas ilhas do Faial e Graciosa”, gerando” incerteza entre a população, particularmente entre os profissionais da pesca”, que “necessitam de orientações claras sobre a segurança das capturas de espécies potencialmente afetadas”.
“A transparência e o rigor na partilha de informações são essenciais para assegurar que tanto a população em geral, como os profissionais da pesca têm conhecimento das potenciais implicações deste fenómeno e que possam agir com base em dados concretos”, salienta o deputado.
No requerimento, o PS questiona ainda quais os procedimentos adotados para investigar o fenómeno, se a comunidade científica foi envolvida, quais as espécies afetadas, se existe risco para a saúde pública e se os profissionais da pesca podem continuar a capturar espécies identificadas.
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