Na resposta, o presidente da Câmara assumiu que não entregou os 500 ‘tablets’ prometidos aos estudantes do concelho, mas assegurou que “todas as crianças tiveram apoio” nas aulas e trabalhos escolares durante o confinamento.
Almeida Henriques repetiu aos jornalistas aquilo que disse ter “explicado minuciosamente à oposição” e considerou que, “se calhar, ainda bem que não chegaram” estes equipamentos informáticos, “pela forma como foi estruturado o apoio” no terreno.
“Nenhum dos nossos meninos deixou de estar apoiado e é bom referir que grande parte dos nossos meninos vive em territórios onde, por um lado, não têm cobertura [de internet] e onde têm pais que não têm literacia digital, o que significa que não são meninos que possam ser apoiados no seu ensino”, argumentou.
O autarca explicou que os agrupamentos de escola, a autarquia, instituições e juntas de freguesia “trabalharam intensamente para chegar a esses meninos”.
“Os professores fizeram quilómetros nos seus carros para levarem, até sistematicamente, fichas aos meninos e até foram junto deles tirar algumas dúvidas”, destacou o autarca, que fez questão de “enaltecer este comportamento no decorrer de uma crise pandémica”.
Ainda assim, explicou que o equipamento não chegou, “porque houve um défice de capacidade de entrega no mercado, porque esgotou, e o próprio fornecedor que ganhou o concurso não teve condições para o entregar no prazo devido”.
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