Esta posição foi transmitida pelo secretário-geral adjunto dos socialistas, João Torres, em conferência de imprensa, durante a qual evitou pronunciar-se sobre casos recentes no Governo, em particular a situação do ministro João Gomes Cravinho.
Perante os jornalistas, João Torres salientou que, em relação à taxa de risco de pobreza, ou exclusão social, Portugal registou em 2022 “o valor mais baixo da história”, reduzindo-se de 22,4% em 2021 para 19,4% no ano passado.
“Verificou-se uma diminuição em todos os grupos etários ou sociais, mas muito em particular nas famílias com três ou mais crianças, que baixou para metade face a 2015”, apontou, antes de criticar o discurso político da oposição.
“Ao longo dos últimos meses, a oposição tem baseado a sua estratégia de combate ao Governo no engodo do empobrecimento. É preciso agora que a oposição reconheça que estes dados são positivos”, afirmou, desafiando, depois, as forças das oposição, em particular o presidente do PSD, Luís Montenegro, a corrigir o que tem dito.
Na conferência de imprensa, o secretário-geral adjunto do PS referiu que a taxa de risco de pobreza, ou exclusão social, em 2015, era de 26,6%.
“Significa que reduziu-se em 27% desde 2015. Podemos com segurança afirmar que, desde que assumimos funções governativas [em novembro de 2015], as políticas públicas que o Governo tem empreendido permitiram a 734 mil pessoas sair da situação de vulnerabilidade”, sustentou.
João Torres indicou em seguida que a taxa de desigualdade baixou 9,3% entre 2020 e 2021, e falou de medidas projetadas pelo Governo para o corrente ano em matéria de combate à pobreza.
“Foi regulamentada a garantia para a infância, anunciou-se o reforço do abono de família e, mais recentemente, deu-se nota pública sobre a atualização do complemento social para idoso em 11% a partir de abril (mas com efeitos retroativos a janeiro), assim como o aumento da prestação social para pessoas com deficiência em 8,4% e a subida do valor de referência do rendimento social de inserção em 10%, acima da taxa de inflação”, acrescentou.
Interrogado sobre os efeitos da inflação de 2022 na situação da pobreza atual, o “número dois” da direção socialista advertiu que o Governo e o PS “não estão plenamente satisfeitos com este valor”.
“Temos de renovar a ambição no combate à pobreza ou à exclusão social, mas as políticas públicas que têm sido concretizadas colocaram o país numa trajetória correta e sustentada. Apesar da oposição ter insistido reiteradamente numa mensagem de empobrecimento, conseguimos demonstrar que as políticas públicas que temos seguido conduzem-nos a resultados que todos nós nos revemos enquanto sociedade”, reforçou.
Comentários