Esta posição da concelhia social-democrata da Amadora surge quase dois meses depois de ter defendido um plano de recuperação das urgências do Hospital Professor Doutor Fernando da Fonseca (HFF), numa altura em que faltavam 136 enfermeiros nesta unidade de saúde, entre outros problemas.
“Decorridos estes meses não houve da parte do Governo a sensibilidade para responder a esta situação de lacuna nos serviços de saúde. Existe uma grande falta de coordenação, um desinvestimento. Está em causa o direito à saúde”, disse à agência Lusa o secretário-geral da concelhia do PSD da Amadora, Daniel Marques Rodrigues.
Segundo referiu o social-democrata, entre os principais problemas identificados está a falta de médicos de família, de enfermeiros e o “funcionamento intermitente de vários serviços hospitalares.
“Na Amadora, mais de 40% da população não tem médico de família. O funcionamento intermitente dos serviços de ginecologia, obstetrícia e do bloco de partos é inadmissível e revela uma insensibilidade social chocante”, apontou.
Apesar de reconhecer que estes problemas ocorrem em vários hospitais do país, Daniel Marques Rodrigues ressalvou que a situação toma contornos mais graves em locais com maior densidade populacional.
“Não é só no município da Amadora e na região da Grande Lisboa, mas acaba por ter uma gravidade muito maior em concelhos como o da Amadora porque tem uma grande densidade populacional e há falta de alternativas”, argumentou.
No plano de recuperação defendido em junho pelo PSD da Amadora constavam reivindicações como a “autorização imediata da tutela para a contratação de profissionais” e a “criação de uma estratégia de longo prazo para o Hospital Amadora-Sintra, que inclua as condições humanas, técnicas e financeiras para que as mais de meio milhão de pessoas possam ter uma previsão de estabilidade e segurança”.
O alerta dos sociais-democratas surgiu, na altura, após a divulgação de dados pela Ordem dos Enfermeiros, depois de uma visita ao HFF.
O Hospital Professor Doutor Fernando Fonseca serve atualmente cerca de 550 mil utentes dos concelhos da Amadora e de Sintra, no distrito de Lisboa.
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