De acordo com Marques Mendes, o atual Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa "tomará a decisão entre amanhã [segunda-feira] e terça-feira, o mais tardar".
No seu comentário semanal no Jornal da Noite da SIC, Marques Mendes adiantou ainda que, se Santana Lopes não avançar, "há um jovem vice-presidente da Câmara de Cascais", Miguel Pinto Luz, "que é um jovem com talento e que pode vir a ser candidato, sobretudo como forma de marcar presença e marcar algumas propostas para o futuro".
Confrontado com o facto de se ter também falado no seu nome suceder a Pedro Passos Coelho na liderança do PSD, Marques Mendes foi taxativo: "Essa questão não existe. Não existiu, não existe e não existirá, nem agora nem nunca. Nem ponderei nem refleti nem um minuto sequer".
"Há dez anos que estou fora da vida política e sempre disse que não tenciono regressar", acrescentou.
Quanto ao futuro programático do PSD, o social-democrata defendeu que "a estratégia tem de mudar" e que é preciso "recentrar o partido" e não "deixar o cento exclusivamente para o PS", e também adotar uma linha com "outra sensibilidade social" e torná-lo "mais atrativo e competitivo, no discurso, nas causas, nos protagonistas e na ligação à sociedade civil".
Dando como certa uma candidatura de Rui Rio, Marques Mendes aconselhou o ex-presidente da Câmara Municipal do Porto a pôr fim, logo de início, à ideia de que pode ser "um homem de Governo de Bloco Central" PS/PSD, que se torne "de hoje para amanhã uma espécie de número dois de António Costa".
Segundo Marques Mendes, Rui Rio tem como vantagens "uma imagem de político sério, rigoroso, respeitável" e não ter estado ligado ao anterior Governo PSD/CDS-PP, "que foi um Governo impopular", nem aos últimos dois anos de oposição.
Contudo, apontou como dificuldades as suas ideias em matéria de comunicação social, sistema de justiça e regionalização, dizendo que "são ideias que, se ele não as temperar, não as moderar, lhe podem criar problemas".
O comentador político da SIC falou também sobre as "duas desistências" da semana passada, do ex-líder parlamentar do PSD Luís Montenegro e do eurodeputado Paulo Rangel, que anunciaram que não se iriam candidatar à liderança do PSD.
Quanto a Paulo Rangel, Marques Mendes disse que "razões pessoais não se discutem, respeitam-se".
No caso de Luís Montenegro, sustentou que as razões foram "mais políticas do que pessoais" e questionou "se ele tomou uma decisão certa ou se foi um erro histórico", concluindo que "só o tempo o dirá".
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