À entrada para o 40.º congresso do PSD, que decorre o Porto, o também vice-presidente da Câmara Municipal de Cascais assegurou que não será candidato a qualquer órgão nacional do partido, afirmando que se sente representado.
Para Pinto Luz, o discurso de Luís Montenegro na abertura dos trabalhos “trouxe esperança, abriu claramente um novo ciclo no partido, com respeito pelo passado", o que é "muito importante", sobretudo a "vontade de agregar e de juntar".
"Ontem iniciou-se um novo ciclo, um ciclo que já tarda, já tardava ao PSD, mas que hoje é, para mim, claro que há esperança num futuro melhor para Portugal”, afirmou, comentando o discurso do líder eleito do PSD.
Segundo Miguel Pinto Luz, a comunicação de Montenegro ao congresso iniciou “uma nova forma de fazer oposição", com um "discurso aguerrido, longo, mas com substância, com densidade, que culminou com uma oposição clara, séria, ao PS”.
Para o ex-líder da distrital do PSD de Lisboa, uma das vozes mais criticas da liderança de Rui Rio, contra quem concorreu nas diretas de 2020, o ciclo que agora o partido começa “tem de ser de quatro anos objetivamente”.
“O PSD tem que se deixar de recorrentes lutas intestinas e internas e olhar para períodos de mais longevidade, aliás, no sentido de dar estabilidade às equipas, projetar as ideias e preparar programas claros para explicar aos portugueses”, defendeu.
Questionado sobre se iria integrar alguma lista aos órgãos do partido, Pinto Luz respondeu que não: “Não vou encabeçar nenhuma lista e não farei parte de nenhuma lista ao Conselho Nacional porque entendo que se abre agora um novo ciclo, um ciclo de esperança, de abertura, de congregar. Sinto-me representado nesta nova forma de fazer politica”, afirmou.
No entanto, Miguel Pinto Luz referiu que não abdica de falar aos congressistas.
“Sou participante neste congresso, sou conselheiro nacional, faço questão de transmitir a minha opinião, sobre o presente e sobre o futuro”, explicou.
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