Em declarações à Lusa, a deputada do PSD Carla Barros afirmou hoje que “no início da próxima semana o grupo parlamentar entregará na Assembleia da República uma questão dirigida ao ministro do Trabalho", Vieira da Silva, para perceber os motivos que o levaram a abandonar a mediação das negociações que decorriam entre a empresa e a Comissão Sindical.
“Vamos também solicitar uma reunião à administração da empresa, [para] perceber efetivamente o que se passa”, disse Carla Barros, que esteve reunida com trabalhadores da refinaria de Matosinhos, distrito do Porto, no final da tarde de sexta-feira, juntamente com os deputados Virgílio Macedo e Germano Rocha.
A social-democrata sublinhou que o PSD “defende um diálogo saudável”.
Os trabalhadores da Petrogal iniciaram às 00:00 de segunda-feira uma greve de cinco dias e meio em defesa dos seus direitos laborais e regalias sociais e pela negociação coletiva.
A greve, que terminou hoje, às 14:00, foi convocada pelo Sindicato da Indústria e Comércio Petrolífero (SICOP) e pela Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Elétricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (FIEQUIMETAL).
Os trabalhadores protestaram pelos seus direitos laborais, pelos regimes de saúde e de reformas e outras regalias sociais. Em causa está também o regresso às negociações tripartidas, entre a empresa e a Comissão Sindical, sob a mediação do Ministério do Trabalho.
Os sindicatos que convocaram a paralisação alegaram que a administração da empresa não respeita a negociação, nem as recomendações do Ministério.
“Sabemos que efetivamente não tem havido entendimento", disse Carla barros, acrescentando que interessa perceber o porquê de Vieira da Silva ter abandonado o processo.
Os trabalhadores da Petrogal, sublinhou, já se manifestaram junto ao Ministério do Trabalho.
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