Fontes presentes na reunião da distrital de Lisboa social-democrata disseram à Lusa que a lista, que inclui mais de 40 nomes, foi aprovada por unanimidade e ordenada alfabeticamente – conforme solicitado pela Comissão Política Nacional (CPN).
Foi também aprovado, por unanimidade, um voto de “confiança política” ao presidente da distrital, Pedro Pinto, para que conduza agora o processo com a direção, de forma a que sejam tidos em conta na lista final pelo círculo de Lisboa às legislativas fatores como a representatividade das várias concelhias e das estruturas autónomas.
Na reunião, que se estendeu por cerca de três horas, foi ainda aprovado um compromisso para que os futuros deputados eleitos pelo círculo de Lisboa apresentem regularmente relatórios das suas atividades e que comprovem a proximidade com os eleitores do distrito.
Apesar de ter havido quem manifestasse a sua preferência por uma lista ordenada consoante as preferências expressas pelas concelhias (e de acordo com a sua representatividade), vingou a apresentação por ordem alfabética, tal como tinha sido pedido pela direção.
Na lista, incluem-se nomes como os dos atuais deputados eleitos por Lisboa Ricardo Baptista Leite, Carlos Silva, Sandra Pereira, Joana Barata Lopes ou Ana Sofia Bettencourt, bem como o vereador na Câmara de Oeiras Ângelo Pereira.
Nesta lista, irá também pelo menos um nome indicado pela concelhia de Lisboa, Rogério Jóia, já que a outra pessoa inicialmente indicada, Joana Monteiro, manifestou publicamente a vontade de não integrar a lista, num processo que já provocou a demissão do presidente da concelhia, Paulo Ribeiro.
Pedro Pinto foi um dos presidentes de distritais que, em janeiro, se colocou ao lado de Luís Montenegro quando este desafiou o presidente do PSD, Rui Rio, a convocar diretas, enquanto Miguel Pinto Luz ponderou a possibilidade de ser candidato à liderança do partido contra Rio, quando Passos Coelho anunciou a não recandidatura em 2017. Nos últimos meses, ambos têm mantido reserva nas críticas e apelado à unidade no partido com vista às legislativas de 06 de outubro.
Na reunião, foi recordado que a distrital de Lisboa irá a votos em 09 de novembro, tendo Pedro Pinto dado “um sinal” de que estará disponível para se recandidatar, mas sem assumir uma posição definitiva.
A proposta do PSD/Lisboa terá agora de passar pela Comissão Política Nacional (CPN), que se reunirá com as várias Comissões Políticas Distritais entre 08 e 19 de julho, de acordo com o calendário aprovado pela direção do PSD em maio.
A mesma deliberação refere que, em finais de julho, a Comissão Política Nacional e o Conselho Nacional aprovam as listas de candidatos.
Na mesma ocasião, a direção de Rui Rio aprovou os critérios para a elaboração das listas dos candidatos a deputados para a próxima legislatura, nas quais se inclui a “concordância com a orientação estratégica da Comissão Política Nacional e disponibilidade para cooperar de forma politicamente leal e solidária”.
Há quatro anos, a direção de Pedro Passos Coelho exigia “empenhamento e solidariedade demonstrados relativamente à prossecução dos objetivos do PSD”, quando os candidatos sejam militantes do partido, ou apenas “identificação com os princípios e valores essenciais do Partido”, se se tratar de independentes, nunca se referindo às orientações da Comissão Política Nacional como critério de escolha.
Há quatro anos, a coligação Portugal à Frente elegeu 18 dos 47 deputados eleitos pelo círculo de Lisboa, 13 do PSD e 5 do CDS-PP.
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