Em comunicado, o PSD/Porto e a candidatura Porto Autêntico (PSD/PPM, que apresenta o independente Álvaro Almeida como cabeça-de-lista à Câmara do Porto nas autárquicas de outubro), esperam agora que “a candidatura do Porto seja um projeto de toda a cidade e não objeto de apropriação partidária”.
O objetivo, dizem, é “elaborar uma proposta forte e capaz de justificar" a sediação da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa) no Porto, "um exemplo do caminho que a cidade necessita de trilhar para atrair emprego qualificado”.
O Governo decidiu hoje reabrir o processo de candidatura de Portugal a acolher a EMA, que deve abandonar Londres com a saída do Reino Unido da União Europeia, de forma a incluir também a cidade do Porto.
De acordo com uma nota do Ministério da Saúde, só o Porto, a par de Lisboa, "parece reunir condições para uma candidatura muito exigente e competitiva em termos europeus".
Para o PSD/Porto e para a candidatura Porto Autêntico, “esta posição do Governo vem dar razão ao candidato Álvaro Almeida que, no mesmo dia em que Portugal manifestou vontade em trazer a EMA [para o país], a 29 de abril, foi o primeiro a reivindicar que o Porto fosse considerado como sede para aquele organismo”.
Segundo o comunicado, para Álvaro Almeida, o Porto “tem todas as condições” para receber a EMA e “é da mais elementar justiça do ponto de vista de um desenvolvimento equilibrado do país que seja esta cidade a acolher a sua sede".
O PSD/Porto e a candidatura PSD/PPM lamentam que “quer o Partido Socialista, quer o Presidente da Câmara do Porto tenham demorado demasiado tempo a reagir” à decisão inicial do Governo de candidatar Lisboa a sede da EMA.
"O tempo decorrido desde 29 de abril pode ser decisivo na preparação de uma candidatura que agora tem apenas cerca de mês e meio para ser desenvolvida”, afirmam.
Os critérios definitivos para a nova localização da Agência Europeia do Medicamento (EMA, na sigla inglesa) serão definidos num conselho europeu que vai decorrer a 22 e 23 de junho e as candidaturas devem ser oficialmente apresentadas até final de julho.
De acordo com uma nota do Ministério da Saúde divulgada hoje, "no final de 2016, à luz dos requisitos pré-definidos pela Agência, foi considerado que Lisboa seria a cidade que reunia, à partida, as melhores condições para uma candidatura ganhadora" e que esta candidatura foi aprovada pelo Conselho de Ministros de 27 de abril, a que se seguiu um voto de saudação, aprovado por unanimidade, pela Assembleia da República a 11 de maio.
Depois de, "no último mês", terem surgido "expressões de vontade de outras cidades com o objetivo de acolher” a EMA, o ministério acrescenta que "tendo em conta os requisitos já conhecidos, só o Porto, a par de Lisboa, parece reunir condições para uma candidatura muito exigente e competitiva em termos europeus".
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