Em comunicado enviado às redações, é referido que "a PSP é uma Instituição que assegura a legalidade democrática, garante a segurança interna e os direitos dos cidadãos, nos termos da Constituição e da Lei".
"A PSP não foi o órgão de polícia criminal no qual tenha sido delegada a investigação do processo em apreço", é ainda referido.
Esta força policial frisa ainda que "a intervenção da PSP foi requerida, única e exclusivamente, no sentido de prestar apoio na execução das buscas, não tendo tido qualquer intervenção no planeamento das mesmas, nem quanto à data escolhida para a sua realização".
De acordo com escutas a que a CNN Portugal teve acesso, um telefonema em novembro de 2021 entre o então ministro do Ambiente, Matos Fernandes, e o pai revelam que a polícia terá permitido à direção de Pinto da Costa negociar a data de umas buscas à SAD para não prejudicar o dia de um jogo do FC Porto com o Liverpool.
O pai do ministro, ex-presidente da assembleia geral do FC Porto, sabia que o clube tinha conhecimento das buscas e contou a reação de Ponto da Costa e da restante direção. "Eles até tinham pedido que fosse hoje para não ser no dia do jogo; e a polícia disse que então era na segunda ou na sexta".
Em causa estão as buscas que aconteceram a 22 de novembro, por parte da PSP e a Autoridade Tributária, tanto na SAD dos dragões como em casa de Pinto da Costa, relacionadas com comissões de transferências de jogadores e de um negócio com a Altice de direitos de transmissão televisivos. O jogo com o Liverpool aconteceu dois dias depois.
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