A notícia é avançada na edição desta quarta-feira do Diário de Notícias (DN). Segundo o DN, mais de 149 cidadãos obtiveram a documentação necessária em 2020 para ter nacionalidade portuguesa. Em 2021, só nos primeiros meses, foram mais de 56 mil.
Os números explicam-se pela intensificação dos fluxos migratórios sobretudo de cidadãos originários do Brasil e de Israel, mas também pela alteração de uma lei, cuja 11.ª versão data de 2018, que permite que um cidadão estrangeiro possa pedir a naturalização portuguesa ao fim de cinco anos consecutivos a residir em Portugal.
O DN acrescenta que desde 2013 o pedido de naturalização também é concedido aos descendentes de judeus sefarditas portugueses, "através da demonstração da tradição de pertença a uma comunidade sefardita de origem portuguesa, com base em requisitos objetivos comprovados de ligação a Portugal, designadamente apelidos, idioma familiar, descendência direta ou colateral".
O jornal, citando dados do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), indica que em 2020 havia 183.993 residentes brasileiros no país, ou seja, 27,8% do total de estrangeiros em território nacional (662.095). E também dá conta que dos 63.494 pareceres positivos para a aquisição da nacionalidade portuguesa mais de metade foram a cidadãos do Brasil (20.847) e de Israel (20.782).
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