"Com o decorrer do dia, concluiu-se que 49 pessoas terão de ser realojadas: 21 têm realojamento em casa de familiares e as outras 28 estão a ser realojadas num hotel na cidade de Lisboa, com todo o acompanhamento dado pela Proteção Civil", disse à agência Lusa o vereador da Segurança do município, Carlos Manuel Castro.
Parte do muro do condomínio Vila da Graça, no bairro Estrela d'Oiro, ruiu pelas 05:40 de hoje, provocando um deslizamento de terras para as traseiras de quatro edifícios da Rua Damasceno Monteiro (dos números 104 ao 110). Segundo o município, o muro é propriedade privada.
Devido ao aluimento de terras, as autoridades retiraram inicialmente 27 pessoas dos quatro edifícios, tendo havido um ferido ligeiro - um homem que sofreu algumas escoriações.
Ao início da tarde, Carlos Manuel Castro informou que os moradores dos números 102 e 104 da Rua Damasceno Monteiro já podiam regressar às suas casas, exceto os do rés-do-chão.
"Nós verificámos que não há condições de habitabilidade nos números 106, 108 e 110. Nos números 102 e 104 é possível habitar a partir do primeiro andar, a parte do rés-do-chão não pode ser habitada e também não há hipótese de usar o logradouro, que será barrado", referiu o vereador na ocasião.
Já num balanço final da avaliação técnica, Carlos Castro esclareceu que os moradores do número 102 também tiveram de sair de casa.
Durante a tarde, os residentes do rés-do-chão e os moradores de três outros prédios, entre os números 106 e 110 da mesma rua, tiveram entrevistas com a Proteção Civil municipal para avaliar se poderiam ficar com familiares ou se teriam de ser realojados pela autarquia.
Entretanto, durante todo o dia, estiveram no local viaturas dos Sapadores Bombeiros, uma ambulância do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM), elementos da Proteção Civil e da Polícia Municipal.
Segundo Carlos Manuel Castro, as operações terminaram por hoje, existindo apenas "o guardar do espaço pela Polícia Municipal".
Na terça-feira, serão retomadas para "se fazerem peritagens e se desencadear o processo de retorno dos moradores", precisou.
Carlos Manuel Castro referiu que caberá às seguradoras "fazer análises para que depois se comece a intervenção" no local.
"Para o município há duas condições a assegurar: a segurança e o bem-estar das pessoas e que a intervenção se faça o quanto antes para se retomar a normalidade", concluiu.
O município estima que as obras no local durem cerca de três meses.
O deslizamento, cujas causas ainda não são conhecidas, provocou danos em quatro edifícios de habitação e em algumas viaturas.
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