O candidato do Partido Popular e presidente em funções, Mariano Rajoy, aceitou o convite do rei de Espanha para enfrentar o debate de investidura, o processo semelhante à aprovação do Programa de Governo em Portugal. Se o PSOE cumprir com a sua palavra e se abstiver põe fim a um período de incerteza política, que dura desde as eleições de 20 de dezembro de 2015.
Mariano Rajoy chega ao Congresso dos Deputados (o parlamento espanhol) sem os votos necessários para ser eleito presidente na primeira votação, em que precisa de uma maioria absoluta para ser confirmado como presidente do Governo e para poder formar governo. Rajoy precisa de uma maioria absoluta de 176 votos a favor na primeira votação, mas conta apenas com 170 neste momento.
A previsão é que Rajoy seja investido na segunda votação, com votos a favor do Cidadãos, da deputada da Coligação Canária, do Foro Asturias, da UPN e com a abstenção dos socialistas do PSOE.
O líder do PP diz que está "consciente das dificuldades de governar sem maioria", apesar disso, prometeu trabalhar "desde o primeiro dia para que o governo seja estável".
Rajoy ganhou as eleições de 26 de junho, mas sem maioria absoluta e sem possibilidade de a conseguir apenas com os votos do partido de centro-direita Ciudadanos. O atual presidente em funções precisava da abstenção de pelo menos 11 deputados do PSOE numa segunda votação da sessão de investidura.
O PSOE - depois de mudar a sua liderança, afastando Pedro Sánchez - decidiu no passado fim-de-semana que se iria abster numa votação de investidura de Rajoy, viabilizando assim mais um governo da direita (PP).
O governo PP de Rajoy estava em funções desde as eleições legislativas de 20 de dezembro, que ditaram o mesmo cenário das eleições de 26 de junho deste ano.
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