O captagon, conhecida também como cocaína dos pobres, foi inicialmente fabricado na Alemanha para tratar transtornos de déficit de atenção, mas hoje em dia a Síria tornou-se o maior produtor e exportador, com estimativas de produção de 80% a nível mundial.

A sua popularidade disparou na Síria após os protestos da Primavera Árabe de 2011 e desde então era vista como a tábua de salvação económica para o país e também para os luxos da família Assad e ainda da elite síria que rondava Bashar al-Assad, o presidente deposto.

Agora, depois dos rebeldes do HTS terem tomado conta das principais cidades da Síria, começam a surgir notícias sobre a destruição de algumas fábricas que produziam captagon, uma das quais, a maior, perto de Damasco.

Os rebeldes alegam que esta fábrica estava ligada a Maher al-Assad e Amer Khiti. O primeiro era comandante militar e irmão de Bashar al-Assad, ao passo que o segundo era um reputado político sírio muito próximo da família que liderava a Síria.

O destino final do captagon que foi agora encontrado será a destruição.

"Encontrámos uma enorme quantidade de captagon. Então destruímo-lo e queimámo-lo. É uma quantia enorme. Destruímos e queimamos porque é prejudicial para as pessoas. Prejudica a natureza, as pessoas e os seres humanos", disseram os rebeldes.