Estes fluidos estão dentro de equipamentos de refrigeração que são enviados “para empresas de sucata que não fazem a sua remoção”, deixando-os libertar gases com efeito de estufa e nocivos para a camada de ozono.
A ZERO contou mais de 2.000 equipamentos enviados para reciclagem em 2017 e concluiu que é menos de 1% dos quase 260 mil vendidos entre 2014 e 2016.
“Esta situação é muito grave em termos ambientais”, afirma a ZERO, que responsabiliza “as entidades gestoras responsáveis pelo financiamento da sua recolha”.
A meta estabelecida para Portugal é de 65% de equipamentos recolhidos em 2019, assinala a ZERO que vai pedir esclarecimentos ao Ministério do Ambiente e da Transição Enérgica.
Em comunicado, a associação ambientalista refere que falta aos técnicos que instalam e reparam ares condicionados “apoio dessas entidades gestoras para encaminharem” os aparelhos que já não funcionam para reciclagem.
Em vez disso, vão levá-los à sucata, onde lhes pagam pelo metal, mas isso significa que os refrigerantes não são recolhidos e são libertados para a atmosfera.
“Dos 197.530 quilos de fluidos que estavam contidos nesses equipamentos, apenas foram recuperados 8,7% (17.260 quilos), entre os que são recolhidos nas empresas de tratamento e os recolhidos pelos técnicos responsáveis pela manutenção/instalação desses equipamentos, o que significa que mais de 90% desses gases foram libertados para a atmosfera”, afirma a ZERO.
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