O ministro falava na abertura de um debate no Parlamento francês para análise de um projeto de lei para gerir os donativos e supervisionar os trabalhos de recuperação da catedral, destruída em parte por um incêndio em 15 de abril.
O Presidente francês, Emmanuel Macron, fixou um prazo de cinco anos para concluir a recuperação da catedral. Um período admissível de acordo com diversos peritos, mas demasiado curto segundo outros, em particular devido ao atraso nas avaliações globais.
Franck Riester considerou o prazo estabelecido por Macron “ambicioso, pró-ativo que permite mobilizar todas as equipas envolvidas”.
“Sim, queremos avançar rápido. Fomos acusados de ir muito rápido, mas foi o movimento de generosidade que foi muito rápido, tivemos que ser capazes de responder, foi o que fizemos”, afirmou Riester reiterando o compromisso de que todas as doações “serão exclusiva e inteiramente para Notre-Dame”.
As contribuições para a reconstrução da catedral excederam já os 800 milhões de euros, de anónimos ao Banco Central Europeu, à Apple, à petrolífera Total ou ás famílias Pinault e Arnault, entre muitos outros.
O ministro referiu que vão “ser tidas em conta a opinião dos profissionais” nos trabalhos de restauro da catedral.
“Existem regras específicas que se aplicam à recuperação do património construído formalizadas no código do património e que também correspondem à excelência da França nesta área. Escusado será dizer que estas regras serão aplicadas, eu serei o fiador, é o meu compromisso”, acrescentou.
A catedral encontrava-se em obras de restauro no seu exterior quando, em 15 de abril, deflagrou um violento incêndio que demorou cerca de 15 horas a ser extinto.
A origem acidental do incêndio, um curto-circuito, continua a ser privilegiada. Mas de momento a causa não está esclarecida, e os resíduos calcinados deverão ser analisados ao pormenor para detetar o menor indício.
Apesar de ter sido evocada, a tese de uma ação criminosa parece afastada.
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