Em declarações à Lusa, Francisco Alves apontou a restauração como "o setor que será mais afetado", uma vez que, devido à incidência de covid-19, os cafés e restaurantes voltam a ter que fechar às 13:00 ao fim de semana e a diminuir o número de clientes por mesa, para além de que "será avaliada a suspensão da feira semanal" até à próxima análise governamental à pandemia, no dia 20.

Esta tarde, na habitual conferencia de imprensa após o Conselho de Ministros, a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, anunciou que Cabeceiras de Basto vai recuar à terceira fase do processp de desconfinamento devido à incidência da covid-19, que naquele concelho do distrito de Braga atingiu os 240 casos de infeção pelo novo coronavírus por 100 mil habitantes.

"Em bom rigor, não temos muitos casos ativos, temos à volta de 50 pessoas infetadas. São poucos, mas como Cabeceiras de Basto tem pouca população, seguindo a regra estabelecida é o suficiente para nos fazer recuar no desconfinamento", afirmou o autarca.

Aquele recuo, disse, "vai ter inevitavelmente impactos e consequências, nomeadamente na restauração".

"Apesar dos impactos, estou confiante que vamos saber lidar com esta situação e que daqui a 15 dias, na nova avaliação, já seja possível avançar e desconfinar em segurança", referiu.

Segundo adiantou Francisco Alves, "sexta-feira vamos avaliar que medidas se podem tomar para garantir que o numero de infetados não aumente, estando em cima da mesa, por exemplo, suspender a feira semanal [que se realiza à segunda-feira] pelos próximos 15 dias".

O autarca explicou que "muito desta situação deve-se ao arranque das aulas presenciais e à testagem em massa que foi feita".

"A câmara investiu cerca de 25 mil euros em testes e está a testar quinzenalmente todos os alunos do 1º, 2º e 3º ciclos, os alunos do secundário são testados pelo ministério de Educação. Nestes testes, num universo de 2000 alunos foram detetados 30 casos positivos", explanou.