Segundo a agência de notícias oficial da Síria, Sana, os autocarros que transportaram os últimos rebeldes de Arbine e localidades vizinhas, bem como as suas famílias, partiram em direção ao noroeste da Síria.
O exército sírio, no entanto, prometeu “continuar a luta para acabar com o terrorismo” no último reduto rebelde de Ghouta oriental, à volta da grande cidade de Douma, onde as discussões com a Rússia para uma saída negociada dos rebeldes não tiveram sucesso até agora.
O regime sírio qualifica de “terroristas” todos os rebeldes armados.
A conquista total de Ghouta será uma grande vitória para o regime, na guerra que está a destruir o país desde 2011.
A televisão estatal difundiu imagens de soldados na zona dos antigos territórios rebeldes a festejar e a cantar “pela nossa alma, pelo nosso sangue, estamos contigo Bashar” (Bashar al -Assad, o Presidente sírio).
Graças a uma ofensiva devastadora lançada em 18 de fevereiro, e apoiada pelos aliados russos, as forças de Bashar al-Assad reconquistaram 95% da antiga fortaleza rebelde em Ghouta oriental, sitiada durante cinco anos, segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
Após a ofensiva, que levou à morte de mais de 1.600 civis segundo o Observatório, dois dos três grupos rebeldes na zona foram forçados a aceitar as evacuações, negociadas por Moscovo.
Mais de 44.000 rebeldes e famílias, e outros civis, deixaram Ghouta desde 22 de março, segundo os números das autoridades sírias, e foram colocados na província de Idleb, noroeste.
Ao todo mais de 150 mil pessoas fugiram dos combates na região para se juntarem a setores governamentais ou a zonas controlados pelos rebeldes, segundo a Sana.
O exército sírio já deu aos últimos rebeldes em Douma um prazo que termina hoje para deixarem o local. Na internet, em páginas a favor do Governo, afirma-se que o exército está a juntar tropas à volta de Douma e que o prazo para os rebeldes saírem pode ir até domingo.
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