O PAM “está a intensificar a ajuda alimentar no país, mas adverte que as suas reservas alimentares correm o risco de se esgotarem até ao fim deste mês”, disse Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, precisando que a organização ainda tem o suficiente para alimentar 175 mil pessoas no país durante um mês.
“O encerramento do principal porto e do principal aeroporto há um mês, perturbou o fluxo de ajuda ao país”, precisou, notando que o plano de resposta humanitária da ONU para o Haiti para 2024, estimado em 674 milhões de dólares (cerca de 628 milhões de euros), está apenas financiado em 7%.
No final de fevereiro os líderes do gangues haitianos, que controlam uma grande parte da capital do país, uniram esforços para atacar esquadras de polícia, prisões, o aeroporto e o porto marítimo para forçar o primeiro-ministro Ariel Henry a abandonar o cargo.
Ariel Henry anunciou a 11 de março que renunciaria ao cargo para dar lugar a um conselho de transição. Mas a formação deste conselho ainda não foi finalizada.
“A violência dos gangues perturba o acesso à saúde dos haitianos em Port-Au-Prince”, afirmou Stéphane Dujarric, observado que o Hospital da Paz, o único grande estabelecimento de saúde ainda em condições de funcionar, está “sobrecarregado” e que as ambulâncias têm “dificuldade em aceder às zonas controladas pelos gangues”.
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