“Durante o ano de 2024, a Força Aérea manteve o dispositivo em alerta permanente, 24 horas por dia, em todo o país, transportando por via aérea 840 pessoas a necessitar de cuidados médicos essenciais à sobrevivência, valor superior em mais de 100 doentes em relação ao ano transato”, refere a entidade em comunicado, hoje divulgado.
Adiantando que a maior parte dos transportes foi feita entre as ilhas e o continente, a Força Aérea destaca o nascimento de um bebé, em abril, em pleno Oceano Atlântico, a bordo de um avião.
A instituição adianta ainda ter resgatado 41 pessoas em terra e no mar e realizado 37 transportes de órgãos para transplante.
A Força Aérea sublinha ter também estado presente nos conflitos internacionais, formando uma “ponte aérea entre países em guerra e Portugal”, com destaque para duas missões de repatriamento de cidadãos.
A primeira “com um avião Falcon 50 a realizar diversos voos entre o Líbano e o Chipre para resgatar 28 cidadãos, juntamente com outros 16 repatriados; e a segunda num voo ao Líbano, entre o cair de bombas, para resgatar mais 44 cidadãos”, descreveu no comunicado.
Mais de mil horas de voo sobre o país e quatro meses a garantir a segurança do espaço aéreo nos Bálticos, numa missão ao abrigo da NATO, foram também destaques apresentados pela Força Aérea, que adiantou ter ainda “vigiado amplamente” o mar para combater a migração ilegal e o narcotráfico.
Missões que se realizaram não só em Portugal mas também no Mediterrâneo, ao serviço da Agência Frontex (a agência de Fronteiras da União Europeia) e da NATO (a Aliança Atlântica militar entre a Europa e os Estados Unidos).
“A Zona Económica Exclusiva Portuguesa foi igualmente alvo de sobrevoos constantes”, quer para fiscalizar as atividades de pesca como para garantir a proteção da integridade do espaço marítimo nacional, tendo sido “foram observados 44 navios russos, três chineses e um indiano a cruzar águas territoriais nacionais”.
Na área de apoio à proteção civil, foram realizadas 280 missões de apoio ao combate aos incêndios rurais que totalizaram perto de mil horas de voo, aponta, acrescentando que também foram transportados operacionais para apoiar no combate aos incêndios que deflagraram na Ilha da Madeira.
Segundo a Força Aérea, a introdução do avião KC-390 permitiu aumentar significativamente as missões de transporte de militares e carga e apoiar as forças nacionais destacadas no estrangeiro, sendo que também colocou militares em missões internacionais, “algumas delas em teatros de operações sensíveis como é o caso da República Centro-Africana e Moçambique”.
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