“Respondi ao apelo que o Papa fez aos artistas da única maneira que sei: imaginando e escrevendo um argumento para um filme sobre Jesus e estou pronto para começar a fazê-lo”, adiantou o cineasta à publicação jesuíta La Civiltà Cattollica, em Roma.
Ao longo da sua carreira, Scorsese realizou filmes como “A Cor do Dinheiro”, “Tudo Bons Rapazes”, “O Cabo do Medo”, “Casino”, “A Idade da Inocência”, “Gangues de Nova Iorque” e o polémico “A Última Tentação de Cristo”, de 1988.
Este mês, numa longa entrevista à publicação especializada Deadline, Scorsese lembrou que o propósito de “A Última Tentação de Cristo” era “começar um diálogo sobre algo” que ainda lhe é caro: “a natureza — a verdadeira natureza — do amor, que pode ser deus, pode ser Jesus”.
Baseado no livro com o mesmo título do grego Nikos Kazantzakis, o filme foi protagonizado por Willem Dafoe e gerou protestos e críticas sobre a forma como Jesus Cristo foi retratado.
O realizador cinematográfico foi recebido, no Vaticano, pelo Papa Francisco, que retomou hoje a sua atividade pública depois de um episódio de febre na sexta-feira que o obrigou a cancelar a agenda.
Após este dia de descanso, Francisco, de 86 anos, realizou hoje várias audiências privadas e para domingo está marcada a missa de Pentecostes na Basílica de São Pedro.
Na segunda-feira, o sumo pontífice deve encontrar-se com o presidente italiano, Sergio Mattarella.
Francisco deu entrada no final de março no Hospital Gemelli, em Roma, com uma “pneumonia aguda”, conforme explicou durante o voo de regresso da sua viagem à Hungria.
Esta foi a segunda vez que Francisco foi hospitalizado no Gemelli. A primeira aconteceu em 4 de julho de 2021, quando passou por uma cirurgia no cólon e ficou dez dias hospitalizado.
Desde então, o Papa também sofre de um problema no joelho direito, que o obriga a andar com uma bengala ou cadeira de rodas, mas Francisco garantiu em várias ocasiões que não quer submeter-se a uma cirurgia.
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