“Convoquei um Conselho extraordinário de Negócios Estrangeiros com os nossos Estados-membros para a tarde de sexta-feira, 10 de janeiro, para discutir os recentes desenvolvimentos no Iraque e no Irão”, anunciou Josep Borrell na sua conta oficial na rede social Twitter.
O chefe da diplomacia europeia acrescenta na mesma mensagem que “a UE desempenhará integralmente o seu papel com vista a inverter a escalada de tensões na região”.
Já hoje, Borrell recorrera à sua conta oficial na rede social Twitter para dar conta de uma conversa telefónico com o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, na qual um dos assuntos abordados foi o Irão, e defendeu a importância de uma “ordem global baseada nas regras” da ONU.
“Tive um telefonema com António Guterres [secretário-geral da Organização das Nações Unidas – ONU] este fim de semana para discutir desenvolvimentos em assuntos como a Líbia, o Iraque e o Irão”, referiu o Alto Representante da UE para a Política Externa, sublinhando que “o multilateralismo e uma ordem global baseada em regras, com a ONU na sua essência, continua a ser a pedra angular da política externa da UE”.
No fim-de-semana, Borrell manteve uma conversa telefónica com o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão, Mohammad Javad Zarif, tendo-o convidado para uma visita a Bruxelas, à luz dos mais recentes desenvolvimentos no Irão e no Iraque.
A situação na região está particularmente tensa desde que o general Qassem Soleimani, comandante da força de elite iraniana Al-Quds, foi morto na passada sexta-feira, num ataque aéreo contra o carro em que seguia, ordenado pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
O ataque ocorreu três dias depois de um assalto inédito à embaixada norte-americana que durou dois dias e só terminou quando Trump anunciou o envio de mais 750 soldados para o Médio Oriente.
O Irão prometeu vingança e anunciou no domingo que deixará de respeitar os limites impostos pelo tratado nuclear assinado em 2015 com os cinco países com assento no Conselho de Segurança das Nações Unidas — Rússia, França, Reino Unido, China e EUA — mais a Alemanha, e que visava restringir a capacidade iraniana de desenvolvimento de armas nucleares. Os Estados Unidos abandonaram o acordo em maio de 2018.
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