Em comunicado, a Rodoviária de Lisboa assegura, contudo, que “está garantida a continuidade do serviço público de transporte de passageiros” nestes quatro concelhos “sem qualquer perturbação, até dia 31 de dezembro de 2022”.
O início da operação da Carris Metropolitana nos concelhos da margem norte do Tejo foi adiada para 01 de janeiro de 2023, por não estarem “garantidas as condições consideradas essenciais”, segundo divulgou hoje a Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML).
A operação na ‘área 1’, que corresponde aos concelhos de Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras e Sintra, e na ‘área 2’, respeitante aos municípios de Loures, Mafra, Odivelas e Vila Franca de Xira, estava prevista ter início no dia 01 de julho.
A Rodoviária de Lisboa é a responsável pelas operações na ‘área 2’.
Numa nota divulgada posteriormente a este anúncio, a Rodoviária de Lisboa acrescenta ter transmitido à Transportes Metropolitanos de Lisboa “não ser possível assegurar a disponibilidade da frota [autocarros] e dos sistemas de informação atempadamente encomendados” pela empresa.
A situação, “alheia à Rodoviária de Lisboa”, deve-se à “escassez de matérias-primas e de componentes no mercado internacional resultantes da pandemia de covid-19 e da guerra da Ucrânia [país produtor de componentes]".
Na nota divulgada esta tarde, a TML também justifica o adiamento do início da operação da Carris Metropolitana nos concelhos da margem norte do Tejo com “a falta de um número bastante significativo de viaturas novas, a inexatidão nas datas da sua disponibilidade e a adequação dos sistemas de informação necessários à prestação do serviço de acordo com os requisitos do caderno de encargos e dos contratos firmados para as áreas 1 e 2”.
Assim, até à entrada da Carris Metropolitana, “a operação de transportes rodoviários decorrerá nas condições normais e habituais”, indica ainda a TML.
Já em condições de avançar com a operação da Carris Metropolitana em 01 de julho estão os municípios de Almada, Seixal e Sesimbra, no distrito de Setúbal, integrados na ‘área 3’, que vão ter “mais frequências, horários, linhas novas e uma frota de autocarros renovada”.
A Carris Metropolitana entrou em funcionamento no dia 01 de junho nos municípios de Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, mas registaram-se várias queixas juntos dos passageiros, nomeadamente autocarros insuficientes, atrasos e falta de sinalização nas paragens.
Foram criadas quatro zonas de operação, duas envolvendo municípios da margem norte e outras duas na margem sul do Tejo.
A ‘área 1’ inclui Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras e Sintra, a ‘área 2’ Loures, Mafra, Odivelas e Vila Franca de Xira, a ‘área 3’ Almada, Seixal e Sesimbra e a ‘área 4’ Alcochete, Barreiro, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal.
Carris Metropolitana opera as redes municipais para 15 dos 18 municípios (Barreiro, Cascais e Lisboa mantêm as operações locais) e a totalidade da operação intermunicipal dos 18 municípios.
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