De acordo com a DECO PROteste, a vespa velutina, mais conhecida como vespa asiática, é uma espécie carnívora e predadora da vespa europeia, que pode representar alguns riscos para a população.

Ao contrário do que se pode pensar, a espécie não é considerada mais perigosa do que outras espécies, mas a sua picada pode desencadear severas reações alérgicas, que podem provocar um choque anafilático e levar à morte.

Na Europa há 15 anos, a vespa asiática instala-se, sobretudo, em áreas urbanas e periurbanas.

Desde 2011, o número de avistamentos e picadas é cada vez maior, aumentando a preocupação humana, que se justifica também com alguns aspetos da espécie velutina:

  • A vespa asiática tem um carácter mais agressivo. Ao sentir os ninhos ameaçados, o inseto reage em grupo com o objetivo de atacar o agressor. Podem, inclusive, perseguir até algumas centenas de metros;
  • O ataque em grupo multiplica a quantidade de potenciais picadas e, consequentemente, o veneno injetado;
  • O comprimento do ferrão da vespa asiática é capaz de atingir os vasos sanguíneos superficiais.

O que fazer em caso de picada?

  • Remover o ferrão da vespa que possa ainda estar cravado na pele, sem apertar a zona atacada e sem usar uma pinça para evitar espalhar o veneno da vespa asiática;
  • Lavar o local da picada abundantemente com água fria;
  • No caso de sentir dor, tomar um analgésico, como paracetamol ou ibuprofeno;
  • Em caso de comichão, aplicar gelo ou uma pomada específica para o alívio do sintoma. Se necessário, tomar um anti-histamínico;
  • Para reduzir o inchaço, aplicar gelo no local da picada.

Quais os sinais de choque anafilático?

Em casos de alergia severa ao veneno da vespa asiática, pode desencadear-se uma reação que envolve todo o organismo e ser fatal para a vítima. Em regra, tal ocorre no período de uma hora após o indivíduo ser picado. No entanto, pode iniciar-se alguns minutos depois.

Estes são os sinais de choque anafilático:

  • Comichão generalizada, sobretudo, nas solas dos pés e nas palmas das mãos;
  • Urticária, isto é, uma erupção cutânea, com o aparecimento de pequenas lesões rosadas ou avermelhadas, acompanhadas de uma sensação de queimadura ou comichão;
  • Angiodema, que se manifesta através do inchaço nas zonas onde a pele está menos esticada, como é o caso das pálpebras, dos lábios, da cara e do pescoço. Se afetar a laringe, o angiodema pode causar asfixia;
  • Dificuldade em respirar;
  • Náuseas, vómitos ou espasmos abdominais;
  • Tonturas ou perda de consciência;
  • Estado de choque, com pulso acelerado, ritmo cardíaco irregular e palidez.

Se sentir algum destes sintomas após uma picada de vespa asiática, deve ligar imediatamente para o 112 ou dirigir-se a uma unidade hospitalar.

Como prevenir a picada?

Segundo a CUF, existem algumas precauções que podem ser tomadas para reduzir o risco de ser picado:

  • Na presença de uma vespa asiática, manter a calma, movimentar-se devagar e não a enxotar;
  • Cobrir a pele exposta com mangas compridas e calças nas alturas em que os insetos estão mais ativos (nascer e pôr do sol);
  • Utilizar sapatos fechados enquanto estiver na rua;
  • Aplicar repelente de insetos, que tenha entre 20 a 30% de DEET (dietiltoluamida), na pele exposta e por cima da roupa. Se aplicar protetor solar, deve fazê-lo antes de aplicar o repelente;
  • Não perturbar os ninhos dos insetos;
  • Manter os alimentos e bebidas tapados enquanto estiver a consumi-los ao ar livre, especialmente os doces;
  • Em zonas de risco, manter as portas e janelas da casa e do carro fechadas, sobretudo no final do dia, ou colocar uma rede mosquiteira para prevenir a entrada de insetos.

Como identificar uma vespa asiática?

A espécie destaca-se pela sua cor predominantemente preta, com uma faixa laranja no abdómen e uma faixa amarela no primeiro segmento abdominal. Já a sua cabeça é laranja e a suas patas são amarelas.

A vespa asiática mede entre 17 e 32 milímetros.

Como identificar um ninho de vespa asiática?

Os ninhos da vespa asiática parecem pequenas esferas, com 5 a 10 centímetros de diâmetro e uma abertura no fundo. Contudo, podem também ter a forma de uma pêra, com uma pequena abertura lateral, e medir entre 60 e 80 centímetros.

A maioria dos ninho encontra-se em árvores com mais de 10 metros de altura.