Esperado ao longo de todo o dia do congresso, Pedro Santana Lopes entrou na sala pelas 18:30 para, na despedida da liderança, “pedir desculpa por a sua liderança não ter corrido bem”.
“Os portugueses não gostam de votar em alguém que veio de outra cor política no passado”, concluiu.
O presidente do Aliança apontou também dissidências dentro do partido, com militantes, nas redes sociais, “a escrever publicações a dizer mal do partido e nunca a dizer bem”.
Ainda assim, disse que “não sai danado com ninguém”.
Santana Lopes disse que esteve para se demitir na noite das últimas eleições legislativas, após os resultados alcançados, mas não o fez “por uma questão de responsabilidade”.
“Não devia tomar uma posição de rutura, mas preparar o partido” para a sua saída, sublinhou.
Justificando a sua ausência no congresso, afirmou que foi propositada para “não se destacar” no evento.
Pedro Santana Lopes defendeu ainda em Torres Vedras que o partido "não pode ser confundido com partidos não democráticos", incitando o futuro líder a manter "a categoria".
"Não nos podemos misturar com a pouca vergonha, entre o circo e a bandalheira, com as quais a Aliança não tem, nem pode ter nada a ver", afirmou Pedro Santana Lopes, no congresso.
"Confundir a Aliança com outros partidos não democráticos só pode ter uma razão de ser: olharem para as sondagens e pensarem que podiam ser eleitos quando aderiram ao Aliança", acrescentou.
Na sua despedida da presidência, disse que "não se pode ser militante do Aliança e do Chega" e "quem achou que é possível está enganado", ao considerar que não se pertence a um partido pelas "pessoas", mas por "questões políticas" e o Aliança, sublinhou, defende "a questão europeia".
Defendendo que o Aliança é um partido diferente de todos os outros, "incluindo o que teve congresso no último fim de semana”, o Chega, Santana Lopes incitou o futuro líder a manter "o toque de partido decente, com categoria e sabedoria para ir à luta".
Sobre as eleições presidenciais, opinou que o partido "pode esperar pela decisão" do atual Presidente da República, por defender que se vivem “tempos muito complicados e não se poder correr riscos excessivos".
O congresso do Aliança termina no domingo em Torres Vedras, no distrito de Lisboa.
(Artigo atualizado às 22:18)
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