O coletivo MSCHF confirmou que a edição limitada de 666 unidades esgotou em menos de um minuto, por 1.018 dólares (865 euros) cada par.
Os ténis pretos e vermelhos foram feitos a partir dos Nike Air Max 97, no entanto, a marca já se distanciou da criação, afirmando que não tem qualquer ligação, depois de ter sido alvo de críticas nas redes sociais.
"Há uma confusão significativa no mercado, incluindo apelos a um boicote da Nike em resposta ao lançamento dos sapatos satânicos do MSCH, que se baseiam na crença errada de que a Nike autorizou ou aprovou este produto", afirma a empresa, citada pela BBC. Na sequência do lançamento, a Nike avançou, na segunda-feira, com uma ação judicial de violação de marca registada contra os designers da coleção.
A coleção é o resultado de uma colaboração entre o coletivo de designers MSCHF e Lil Nas X em conjunto com o lançamento de "Montero (Call Me By Your Name)", o single de regresso do artista.
O rapper reagiu à polémica com a publicação de um vídeo no YouTube (“Lil Nas X pede desculpa pelos Sapatos do Diabo”), mas antes de aparecer qualquer pedido de desculpa, o vídeo é interrompido e começa o videoclipe da nova música.
No vídeo, que teve mais de 35 milhões de visualizações durante o fim-de-semana, Lil Nas X é expulso do Jardim do Éden e desliza por um varão de stripper até ao inferno, onde faz uma lap dance ao demónio.
Quanto ao sangue nos ténis, segundo porta-voz do MSCHF, Kevin Wiesner, este foi fornecido por membros do coletivo de arte, acrescentando: "Gostamos de nos sacrificar pela nossa arte". Posteriormente, Wiesner explicou que a equipa criativa recolheu gotas individuais ao longo de uma semana.
O coletivo MSCHF é conhecido por projetos controversos, em 2019, lançaram uma edição limitada dos "Sapatos de Jesus", também feita de ténis Nike Air Max 97, que apresentavam um crucifixo de aço e "água benta" proveniente do rio Jordão.
"Todos sabíamos que algumas pessoas levariam a sério o elemento Satanás disto... mas não tenho a certeza se estávamos inteiramente preparados para o furor que isto causaria", disse Wiesner.
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