“A Ucrânia está a ser atacada e nós estamos a ajudar, sem pedirmos nada em troca. Esta deve ser a posição de todos”, afirmou Olaf Scholz na entrevista, citada pela AFP, quando questionado sobre as exigências de Trump relativamente a uma possível contrapartida pela ajuda norte-americana.

O chanceler alemão já tinha descrito as exigências de Trump na segunda-feira como “muito egoístas”, numa conferência de imprensa durante uma cimeira europeia informal em Bruxelas.

No final da cimeira da UE-27, o líder alemão afirmou que, na sua opinião, os recursos da Ucrânia devem ser utilizados para financiar tudo o que for necessário após a guerra, como a reconstrução e a manutenção de um exército ucraniano forte.

“Seria muito egoísta, muito egoísta, dizer que estamos a utilizar o dinheiro para financiar a ajuda à defesa”, afirmou.

Em resposta a Trump, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse na terça-feira que o seu país estava pronto para receber “investimentos de empresas americanas” nas suas terras raras, metais amplamente utilizados na eletrónica.

Num plano de paz apresentado em outubro, Zelensky, sem mencionar especificamente as terras raras, propôs um “acordo especial” com os parceiros do seu país, permitindo a “proteção conjunta” e a “exploração conjunta de recursos estratégicos” no seu país.

Deu como exemplos “o urânio, o titânio, o lítio, a grafite e outros recursos estratégicos de grande valor”.

Na sexta-feira, Volodymyr Zelensky afirmou que Washington e Kiev estavam a planear “reuniões e conversações”, depois de o Presidente dos EUA ter mencionado um possível encontro na próxima semana.