Mattis, talvez o mais respeitado membro do Governo Trump em assuntos de política externa, sai do cargo no final de fevereiro, depois de dois anos tumultuosos em que procurou moderar e conter as inconstantes mudanças de política por parte do presidente.
O anúncio acontece um dia depois de Trump ter surpreendido os aliados dos EUA e os congressistas norte-americanos ao anunciar a retirada das tropas norte-americanas na Síria e continuar a ponderar a redução do efetivo norte-americano no Afeganistão.
Na sua carta de demissão, Mattis aludiu a desacordos com Trump como razão da sua saída.
“Uma vez que você tem o direito de ter um secretário da Defesa com perspetivas mais bem alinhadas com as suas, sobre este e outros assuntos, acredito que devo sair da minha posição”, escreveu Mattis.
Na rede social Twitter, Trump anunciou que iria nomear um secretário da Defesa em breve.
A decisão de Trump de retirar as tropas da Síria foi criticada por abandonar os aliados curdos, que devem enfrentar um ataque turco quando os militares norte-americanos saírem do país.
Na sua carta de demissão, Mattis enfatizou a importância de manter o apoio aos aliados dos EUA, numa crítica implícita à decisão de Trump.
“Enquanto os EUA continuam a ser a nação indispensável no mundo livre, não podemos proteger os nossos interesses ou servir esse objetivo sem manter alianças fortes e mostrar respeito por esses aliados”, escreveu Mattis.
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