“A evolução dos indicadores referentes ao ano de 2022 com base no inquérito de 2021 aponta para já termos retirado da situação de pobreza desde 2020 cerca de 170 mil pessoas da situação de pobreza, o que significa que até estamos com uma capacidade de maior de aceleração do que aquilo que era previsível na divisão até 2030”, avançou hoje a ministra Ana Mendes Godinho.
À margem do Fórum Porto Social 2023, que esta a decorrer no Pavilhão Rosa Mota, a ministra declarou que até 2030, Portugal tem o objetivo de retirar “cerca de 700 mil de pessoas da situação de pobreza” e que o país está “com uma capacidade coletiva de conseguir chegar a este objetivo”.
“É preciso continuarmos com este foco e com esta preocupação simultânea a trabalhar sempre, por um lado, na dimensão estrutural de valorização dos salários, que é mesmo crítica, e também na mobilização de investimento social por parte do Estado, por parte desta lógica da melhor distribuição da riqueza, para conseguir chegar às pessoas mais vulneráveis e é isso que temos procurado fazer”.
Ana Mendes Godinho assevera que tem de haver “investimento social sem tréguas no combate à pobreza, nomeadamente junto das famílias que têm crianças, como por exemplo com a garantia para a infância com a gratuitidade das creches.
Questionada sobre as metas delineadas em 2021 na Cimeira Social do Porto 2021, Ana Mendes Godinho disse que em relação ao emprego houve uma evolução positiva na União Europeia e em específico m Portugal.
“Nós estamos neste momento até perto da meta a que nos propusemos para 2030 quanto ao emprego, com 78%. Estamos neste momento com 77,5% em temos de taxa de emprego, significa uma evolução muito positiva. Estamos com um número recorde de trabalhadores de população ativa e de trabalhadores também empregados, com já cerca de 5 milhões de pessoas a participar ativamente no sistema de Segurança Social, o que também nos dá confiança no próprio sistema e na sustentabilidade de Segurança Social”, declarou.
A ministra considerou que essa evolução positiva no emprego significa uma “conquista coletiva” e o “reconhecimento da importância de na Cimeira Social do Porto, em plena pandemia, na assunção por parte dos vários países europeus que a dimensão social tinha de estar na base da nossa capacidade de resposta à pandemia e capacidade de resposta coletiva”.
No Fórum, “conseguimos ter 300 pessoas, de 30 países para fazer a avaliação do que foram estes dois anos depois da Cimeira Social do Porto, onde estamos a nível europeu e a nível de cada um dos países, e espero com uma expectativa de reafirmação e renovação dos compromissos que assumimos para 2030”, sublinhou.
O Fórum Social do Porto, que termina sábado e foi organizado pelo governo, pretende reafirmar o papel da Europa Social e dar continuidade aos compromissos assumidos na Cimeira Social do Porto, entre a Presidência do Conselho da UE, a Comissão Europeia, o Parlamento Europeu, parceiros sociais e sociedade civil, reforçando o papel do Pilar Europeu dos Direitos Sociais e da importância do Plano de Ação, criando sinergias para o Futuro da Europa.
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