Quatro migrantes morreram no local, enquanto outros dois morreram enquanto eram tratados no Hospital Geral de Huixtla, informou o ministério, na quarta-feira, sem especificar a nacionalidade das vítimas.
As seis vítimas viajavam numa caravana de três veículos num grupo de 33 migrantes no total “de nacionalidade egípcia, nepalesa, cubana, indiana e paquistanesa”, informou o ministério num comunicado.
Dez migrantes também ficaram feridos por disparos e foram transferidos diretamente pelo exército para o hospital, enquanto 17 saíram ilesos, referiu o comunicado.
O ministério referiu que, na noite de terça-feira, os soldados detetaram, num troço de estrada entre os municípios de Villa Comaltitlán e Huixtla, um veículo “que circulava a alta velocidade” e que “ao avistar os militares se colocou em fuga”.
Dois soldados dispararam depois de terem ouvido detonações vindas da caravana, que incluía duas carrinhas semelhantes “às utilizadas por grupos criminosos na região”, explicou o exército.
Os dois militares responsáveis pelos disparos foram suspensos e a justiça militar poderá ainda “proceder a investigações relativas à disciplina militar”, referiu o ministério.
O exército disse que notificou o Ministério Público mexicano “para que possa realizar os correspondentes trâmites legais e apurar responsabilidades”.
O Ministério da Defesa reafirmou o “compromisso de agir no estrito respeito pelo Estado de direito, no quadro de uma política de impunidade zero”, um dia após a tomada de posse da nova Presidente Claudia Sheinbaum.
Centenas de milhares de migrantes atravessam o México todos os anos, fugindo da pobreza e da violência nos seus países de origem e tentando chegar aos Estados Unidos.
Ao longo do percurso, são frequentemente vítimas de crime organizado, de extorsão por parte das autoridades e de acidentes.
Muitos viajam escondidos em camiões sobrelotados e são sujeitos a maus-tratos por parte de traficantes de pessoas.
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