SZA, cantautora soul e R&B norte-americana, denunciou no início de maio, na sua conta de Twitter, que tem mais de 2,7 milhões de seguidores, que uma funcionária, que identificou como "Sandy", da loja de Calabasas (Califórnia, EUA) chamou a segurança para se certificar de que ela não estava a roubar.

A cantora negra, indicada para vários prémios Grammy em 2017 e que colaborou com Kendrick Lamar no tema "All the Stars", da banda sonora do filme "Black Panther", diz que foi "racialmente perfilada" enquanto fazia compras.

A publicação teve, à data, resposta da cadeia francesa, que referiu, também num tweet, que SZA faz "parte da família Sephora" e que a marca está empenhada "em garantir que todos os membros da nossa comunidade se sentem bem-vindos e incluídos".

Agora, a marca, que pertence ao grupo LVMH (Moët Hennessy Louis Vuitton), informou que irá encerrar as suas lojas, centros de distribuição e escritórios, no dia 5 de junho, para o que chamou de "workshops de inclusão".

Emily Shapiro, porta-voz da Sephora, disse à Reuters que o fecho das lojas não foi "uma resposta a qualquer evento", acrescentado que a iniciativa estava a ser planeada há meses.

O encerramento das lojas Sephora ocorre um ano depois de outra empresa, a cadeia Starbucks, ter fechado mais de oito mil lojas nos EUA para dar formação sobre preconceito racional aos seus mais de 175 mil funcionários. A norte-americana foi acusada de racismo depois do gerente de um estabelecimento desta rede de cafetarias em Filadélfia ter chamado a polícia quando dois clientes negros aguardavam sentados por um amigo sem consumir.