“Até ao final do ano contamos ter este serviço para os surdos poderem pedir ajuda”, disse Ana Sofia Antunes, durante o discurso que fez esta quinta-feira à tarde na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto, no âmbito da apresentação de um projeto de Acessibilidade em Língua Gestual Portuguesa, que está disponível nos 17 concelhos da Área Metropolitana do Porto (AMP).
A secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência adiantou à Lusa que “neste momento” o Governo está a “finalizar o processo da contratação dos intérpretes que vão assegurar esse serviço”, que estará disponível logo que o concurso esteja concluído e que se tenham as pessoas para avançar com o serviço.
“Já desenvolvemos do ponto de vista do ‘software’ uma aplicação que permitirá a qualquer cidadão, ligando para o 112 através de uma vídeo chamada (...), que o sistema perceba que está a ser contactada por uma pessoa surda e, portanto, ativará o atendimento da chamada por um intérprete”, explicou, referindo que será esse intérprete que fará a “mediação com a pessoa que estará a pedir ajuda e o técnico do CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgente)”.
Ana Sofia Antunes referiu ainda que este ano são comemorados os 20 anos da criação da Língua Gestual Portuguesa (LGP) como uma das três línguas nacionais, depois do português e do mirandês, e que a efeméride vai ser assinalada em novembro próximo.
A secretária de Estado da Inclusão das Pessoas com Deficiência participou hoje na cerimónia de apresentação do projeto Acessibilidade em Língua Gestual Portuguesa na Área Metropolitana do Porto, que permite que a partir de hoje a comunidade surda aceda diretamente aos serviços públicos municipais dos 17 municípios da região, através de videochamada com interpretação em LGP.
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