Além de um aumento salarial mínimo de 7%, que vem de um novo fundo com cerca de 40 milhões de dólares anuais, um dos elemento-chave das negociações foram as restrições ao uso de IA.
O acordo "permite à indústria seguir em frente, não bloqueando o uso de IA", declarou Duncan Crabtree-Ireland, negociador do SAG-AFTRA, em entrevista. Este acordo "garante a proteção dos artistas, garante os seus direitos".
Nos últimos anos, a IA tem permitido trazer vozes de atores falecidos ou criar figurantes para reduzir o número de atores necessários em cenas de batalha. Muitos produtores para reduzirem os custos querem que a IA desempenhe um papel cada vez mais importante e começaram a exigir que alguns atores participem de "escaneamentos corporais" em 3D, muitas vezes sem explicar como, ou quando, as imagens serão usadas.
Agora, um ator deve receber por qualquer uso da sua réplica digital a mesma remuneração que receberia se fizesse a mesma "quantidade de trabalho" numa cena na vida real, disse Crabtree-Ireland. Agora, os estúdios também devem obter o consentimento de um ator - ou de seus herdeiros - sempre que usarem sua réplica digital num filme, ou episódio de televisão.
A presidente do SAG-AFTRA, Fran Drescher, disse que era vital instituir as normas desta vez, porque, "no mundo da IA, três meses equivalem a um ano" de trabalho, "se não conseguíssemos estas restrições, o que seria daqui a três anos? Estaria tão fora do nosso alcance, que estaríamos sempre atrás do acontecimento", explicou.
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